Eleição para presidente da Câmara de BH aparta ‘filhos’ de Kalil; Aro vira alvo em briga no PHS

O deputado estadual Iran Barbosa (PMDB) e o vereador eleito Gabriel Azevedo (PHS) (Reprodução/Facebook)

Gabriel Azevedo

Recém eleito vereador, Gabriel Azevedo desagradou muita gente ao publicar um longo texto contando detalhes dos bastidores da campanha de Alexandre Kalil. Na publicação, dividida em 27 tópicos, a palavra “eu” aparece 85 vezes e “mim” mais 7.

A partir da leitura do texto, a impressão que se tem é de que Gabriel foi o grande articulador da candidatura de Kalil. Isso para não dizer que o ex-dirigente desponta como apenas uma “marionete” no meticuloso plano do futuro vereador.

Ao mesmo tempo, Gabriel mostra para seus antigos aliados do PSDB como os derrotou. Ninguém além dele, deve ter gostado dessa singela homenagem.

Calma, Gabriel!

Antes mesmo de ocupar oficialmente sua cadeira na Câmara, Gabriel decidiu chegar chutando a porta. Declarou guerra pública ao atual presidente da casa Wellington Magalhães.

Essa atitude não agradou nada parte de seu grupo político. Rapidamente, ele foi colocado para escanteio na articulação da eleição da presidência. Iran Barbosa (PMDB) e Paulo Lamac (Rede) foram escalados para essa missão por terem experiência como vereadores e conhecerem bem o funcionamento da Câmara.

A birra de Azevedo com Magalhães se consolidou em um fatídico episódio. Durante uma audiência na Câmara, Gabriel pediu o direito de fala para se manifestar sobre o aplicativo Uber e Wellington não permitiu. Veja o vídeo.

Iran Barbosa

Em entrevista para o jornal O TEMPO, Iran Barbosa comentou as ações de Gabriel. O peemedebista também fez parte da equipe de campanha de Kalil.

“O Gabriel teve um trabalho importante dentro da coordenação de campanha, como um dos coordenadores, inclusive, na área de comunicação. É um rapaz inteligente, com potencial, mas é um rapaz ainda. Ele, assim como eu, vai aprender os caminhos da interlocução e do diálogo, da conversa dentro do processo do Parlamento”, avaliou.

“Mas é importante saber separar. O trabalho dentro da campanha foi muito bem feito, com muita competência, mas quando ele entrar como vereador, será a autoridade dos 10.000 e poucos votos que colocaram ele aqui, não a autoridade do prefeito. Isso está separado”, reforçou.

Marcelo Aro

Marcelo Aro – conhecido como Marcelinho – se tornou persona non grata mesmo antes do início do próximo mandato na Prefeitura de Belo Horizonte e da Câmara Municipal. Presidente do PHS em Minas, partido de Alexandre Kalil e Gabriel Azevedo, ele teve sua imagem desgastada devido à proximidade que tinha com o deputado cassado Eduardo Cunha.

Na época em que era vereador, Aro indicou Cunha para receber o título de cidadão honorário de BH. Ao chegar à Câmara dos Deputados, se tornou aliado do político.

Aro foi presidente do Diretório Acadêmico Orozimbo Nonato (Dacon), da Faculdade de Direito Milton Campos, após a gestão de Gabriel Azevedo. Os dois se tornaram adversários desde então.

Somente antes das eleições municipais, em 2015, Aro e Azevedo se aproximaram novamente. Com isso, Gabriel conseguiu se filiar no PHS e se candidatou a vereador.

Kalil preferiu se afastar de Marcelinho, alegando não concordar com a proximidade do deputado e Cunha. Porém tal proximidade já existia antes mesmo do ex-dirigente aceitar se filiar ao PHS.

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