Ex-marido é condenado a 23 anos de prisão por assassinar mulher em MG

claudia juiz de fora
Cláudia foi assassinada e o corpo dela ficou escondido por cerca de 5 meses (Divulgação/PolíciaCivil)

Do TJMG

O Tribunal do Júri de Juiz de Fora, na Zona da Mata, condenou um homem a 23 anos de prisão em regime fechado pelo crime de feminicídio. Ele matou a ex-mulher e ocultou o corpo dela. Quando Claudia Paiva Rezende Alves desapareceu, o réu chegou a registrar um boletim de ocorrência na tentativa de despistar as autoridades (relembre aqui).

A pena, que ainda cabe recurso, foi arbitrada pelo juiz Paulo Tristão Machado Júnior (sem parentesco com o acusado), que conduziu o julgamento, ocorrido em 26 de agosto. O réu, que está detido desde 16 de agosto de 2019, quando a prisão temporária foi convertida em preventiva, não poderá recorrer em liberdade.

Jaime Tristão Alves foi casado com Cláudia Paiva Rezende, com quem tinha dois filhos ainda adolescentes. Eles se separaram em 2017, mas residiam no mesmo imóvel. De acordo com os autos, o relacionamento era conturbado, pois o homem tinha crises de ciúmes.

A denúncia relata que o réu ameaçava a vítima caso ela se relacionasse com outro, além de exigir que ambos mantivessem relações sexuais, senão ele pararia de prover sustento para os filhos.

As ameaças se seguiram até que, em meados de julho de 2019, a mulher desapareceu. O condenado ajudou nas buscas iniciais pelo cadáver, mas, quando foi apontado como possível suspeito, ele se escondeu em uma casa alugada no município vizinho.

O corpo da vítima ficou cinco meses e quatro dias escondido em uma mata fechada da cidade, sendo encontrado em estágio avançado de putrefação, o que impossibilitou a perícia para reconhecer a causa da morte.

A vítima foi vista pela última vez entrando no carro do acusado. Minutos antes, ele havia entrado em contato com ela pelo celular. No carro e no casaco de Jaime foram encontrados traços de sangue da ex-esposa.

Falsos álibis

Na sentença, o juiz Paulo Tristão destaca que a conduta foi reprovável, pois o homem tentou forjar falsos álibis, indo dormir com os filhos na noite do desaparecimento e saindo com amigos no dia seguinte.

Ele foi caracterizado pelo magistrado como uma “personalidade fria, dissimulada, manipuladora e mentirosa, pois se encontrou e se divertiu com amigos, antes e depois de matar a vítima, e sem demonstrar qualquer emoção, simulou procurá-la na companhia de familiares, por diversas localidades da cidade, para não despertar suspeitas”.

Jaime deverá cumprir 21 anos de prisão pelo crime de homicídio qualificado e mais dois anos pelo crime de ocultação de cadáver.

Edição: Roberth Costa

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