Ex-secretário mineiro é condenado a 33 anos de prisão por matar ex-namorada

Natália Epifânia
Jovem estava em uma festa quando foi atingida om três tiros na cabeça (Reprodução/Facebook)

O Tribunal do Júri em Minas Gerais condenou, nessa segunda-feira (25), a 33 anos de prisão em regime fechado, Anderson Christian de Oliveira, acusado de matar a ex-namorada Natália Epifânia de Oliveira em 11 de julho de 2021.

Segundo a denúncia do Ministério Público, na madrugada de 11 de julho de 2021, Anderson, então secretário municipal de Esportes de São José do Jacuri, no Vale do Rio Doce, foi até uma festa em um sítio da cidade, onde atirou três vezes contra Natália, que tinha 23 anos na época do crime e também servidora municipal.

Não aceitava término

De acordo com relato da irmã da vítima à PM, Natália havia terminado o namoro com Anderson seis meses antes do feminicídio. Ele não aceitava o término e fazia constantes ameaças a ela e à família, mas ninguém o denunciou porque “tinham medo de morrer”.

Na madrugada do domingo, durante uma festa, Anderson chegou ao local e viu Natália abraçada com um homem, ao lado da irmã dela. Ele não hesitou e deu três tiros em direção à cabeça da ex-namorada, que caiu no chão e morreu no local. O homem de 32 anos que estava com ela ainda foi atingido de raspão no tórax e no dedo indicador direito.

A irmã de Natália, então, partiu para cima do autor do crime e deu um soco nele, mas se abaixou em seguida com medo de levar um tiro. Após o disparo, os convidados e os organizadores da festa saíram correndo e deixaram o sítio.

Arma do crime

Enquanto os policiais faziam buscas no local, um homem apareceu para entregar a arma do crime. De acordo com relato dele, no momento do disparo, todos se desesperaram e várias pessoas entraram no carro dele.

Quando eles estavam se preparando para deixar o local, o autor do crime teria jogado um revólver dentro do carro e fugido em outro veículo, um Gol de cor cinza ou verde.

Sem saber o que fazer, o homem foi embora e procurou um advogado, que o orientou a procurar a polícia e devolver a arma. O homem voltou ao local acompanhado do advogado e entregou o revólver de calibre 38, com três munições deflagradas e duas intactas.

Os policiais fizeram buscas na residência do secretário municipal e apreenderam um passaporte, uma carteira de habilitação e um celular. A perícia da Polícia Civil foi acionada e foi constatado que Natália sofreu uma perfuração no ouvido direito, uma no esquerdo, e outra no queixo.

Prisão e ironia

Anderson Christian de Oliveira foi preso dois dias após o feminicídio. Ele foi encontrado em um motel de Vitória, no Espírito Santo, e confessou ter assassinado a jovem por ciúmes. O criminoso ainda agiu de forma irônica com policiais ao ser preso.

“Ele não ofereceu nenhum tipo de resistência. No momento da prisão, os policiais indagaram se ele tinha conhecimento do porquê de estar sendo preso. Foi quando ele agiu de forma irônica falando: ‘será que por um homicídio?’”, relatou um dos policiais.

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