VÍDEO: Homem morre asfixiado após ser imobilizado por seguranças de supermercado em Minas Gerais

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Um homem de 55 anos morreu nessa segunda-feira (11) após ser imobilizado por seguranças de um supermercado no Centro de Coronel Fabriciano (Reprodução/Redes sociais)

Um homem de 55 anos morreu nessa segunda-feira (11) após ser imobilizado por seguranças de um supermercado no Centro de Coronel Fabriciano, no Vale do Rio Doce. Vídeo feito por clientes do estabelecimento mostra Cássio Moreira da Silva no chão com os dois homens em cima dele.

Segundo a polícia, Cássio foi socorrido ainda vivo e chegou a ser encaminhado para um hospital da cidade, mas não resistiu. Familiares dele, contudo, disseram ao BHAZ que ele já estava morto quando os militares chegaram.

‘Algemaram ele morto’

Em contato com a PM, os seguranças que aparecem nas imagens disseram que o homem teria furtado bebidas do supermercado e se mostrado resistente à abordagem deles. Um dos seguranças também foi socorrido com um corte no supercílio.

À reportagem, Lúcio Silva, irmão de Cássio, disse que ele foi algemado já morto. “Segundo o que foi falado pela polícia, ele estaria furtando nesse supermercado, só que não acharam nada com ele, não tinha produto de furto nenhum, ele tinha dinheiro na carteira”, disse.

“Pegaram ele do lado de fora do supermercado, eles ficaram sentados em cima dele, ele chegou sem vida no hospital. O laudo da necropsia apontou que ele morreu por asfixia. A assistente social do hospital disse que ele já chegou aqui sem vida. Algemaram ele morto”, acrescentou Lúcio, com revolta.

Cássio Moreira da Silva não era casado e não tinha filhos. Ele será velado nesta terça-feira (12) após o corpo sair do IML (Instituto Médico Legal). “É triste, é uma vida perdida dessa forma, por um motivo que a gente não sabe qual é. O supermercado não tem nem imagens. Até boteco hoje em dia tem câmera, como lá não tem?”, disse o irmão.

O que diz o Mineirão Atacarejo?

Em nota enviada ao BHAZ, a diretoria do Mineirão Atacarejo informou que apenas tomou conhecimento do ocorrido e que “está tomando todas as providências possíveis para apurar os detalhes do fato”.

A empresa também disse que “repudia toda e qualquer tipo de violência, dentro ou fora de suas dependências, independente dos fatos ocorridos”. A rede não informou, contudo, se será prestado algum suporte aos familiares de Cássio, bem como se os seguranças serão responsabilizados.

“Após colhida todas as informações iremos nos manifestar junto aos clientes e colaboradores”, finalizou a empresa, em comunicado.

Ao BHAZ, a Polícia Civil informou que os dois seguranças, de 37 e 56 anos, foram ouvidos e liberados pelo delegado plantonista.

Assim como a PM, a Polícia Civil também relata que Cássio chegou a ser levado vivo ao hospital. “O procedimento investigatório instaurado segue em tramitação para apurar as circunstâncias e a causa da morte”, acrescentou a corporação.

Larissa Reis[email protected]

Graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Vencedora do 13° Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog. Também participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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