Homens que se passavam por policiais para roubar casas são presos em MG

viatura PCMG
Homens se vestiam como policiais civis para praticar os crimes (Amanda Dias/BHAZ)

Quatro homens suspeitos de se passarem por policiais civis para entrarem residências e praticar assaltos foram presos. Os investigados têm idades entre 24 e 35 anos e responderão pelos crimes de roubo e associação criminosa. Os prejuízos às vítimas são estimados em R$ 120 mil.

Segundo a Polícia Civil, o grupo teria envolvimento em pelo menos dez casos. Os crimes aconteceram no distrito de Ravena, pertencente a Sabará, na região metropolitana de BH, Ponte Nova e Acaiaca, na Zona da Mata, além de Barão de Cocais, Bom Jesus do Amparo, Congonhas, Itabira e Mariana, na região Central.

De acordo com a delegada Larissa Nunes Mayerhofer Lima, os criminosos chegavam uniformizados e diziam estar a procura de um foragido para ter acesso ao interior das residências. “Eles chegam à residência, aos finais de semana, se apresentam como policiais civis, usando camisa com o escrito ‘Polícia Civil’ – mas não é a nossa vestimenta oficial – e falam que ali se encontra um foragido da Justiça, para ludibriar as vítimas e assim conseguirem ter acesso ao interior do imóvel”, descreve.

Uma vez dentro das propriedades, geralmente em área rural, os suspeitos anunciavam o roubo. “Em Sabará, por exemplo, eles amarraram as vítimas com fios elétricos e presilhas, apontando armas, exigiram que elas fornecessem cartões bancários e senhas, e conseguiram fazer transferências bancárias”, conta a delegada.

Ainda segundo Larissa, a quadrilha também utilizava de violência psicológica. “Ameaçaram de sequestrar crianças, filhas dos moradores, dizendo que as colocariam dentro do carro e as deixariam na estrada”, diz.

‘Indivíduos extremamente perigosos’

Duas das prisões foram efetuadas no dia 1º de julho. No dia anterior, segundo a delegada, um terceiro havia sido preso pela Polícia Militar. Na casa dele, durante buscas realizadas por policiais civis, foram encontradas drogas, uma arma de fogo, além de uma placa de veículo utilizado em um roubo cometido em Congonhas.

O quarto identificado também já se encontrava no sistema prisional por outro crime. “São vários elementos que deram bastante substância à autoria. São indivíduos extremamente perigosos e todos com vasto prontuário criminal; um deles possui prontuário de 30 páginas, várias condenações, inclusive por crime de homicídio”, observa a delegada.

Larissa Mayerhofer também pontua que, no decorrer das investigações, foi recuperado, na casa de familiares de um dos suspeitos, um aparelho celular roubado, e um homem preso em flagrante por receptação.

Com PCMG

Larissa Reis[email protected]

Graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Vencedora do 13° Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog. Também participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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