Idosa fica com parte do corpo queimado após fazer sabão caseiro e família pede ajuda

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Maria Auxiliadora sofreu queimaduras de segundo grau enquanto fazia sabão caseiro com álcool, combustível, soda cáustica e gordura quente (Arquivo pessoal)

Uma família de Coronel Fabriciano, no Vale do Rio Doce, tem se mobilizado para arcar com o tratamento de uma idosa de 71 anos, vítima de um acidente doméstico há dois meses. Maria Auxiliadora de Almeida Souza sofreu queimaduras de segundo grau em várias partes do corpo enquanto fazia sabão caseiro com álcool, combustível, soda cáustica e gordura quente ao lado de um fogão a lenha.

“Nesse dia ela estava só na nossa residência, pois eu estava em um novo emprego a poucos dias. Meu irmão mais velho, que mora na casa de baixo, chegou apavorado me chamando para ir vê-la. Sou técnica em enfermagem e então vim como filha e também para prestar socorro”, lembra Cláudia de Almeida Souza.

Chegando em casa, a filha viu que a mãe havia sofrido queimaduras pelo rosto, nos braços, na nádega e, principalmente, as pernas. Além disso, Maria Auxiliadora também começou a apresentar vários quadros de confusão mental após o trauma.

“Ela ainda não se lembra de tudo, esteve em um período de confusão mental e não se lembra de ter se queimado. Foram dias de sofrimento para ela e para mim, que mesmo como técnica de enfermagem me sentia impotente diante de tanta dor”, lamenta.

Apoio da prefeitura

Além do apoio da filha, Maria Auxiliadora conta com o apoio diário da Emad (Equipe Multiprofissional de Atenção Domiciliar), da prefeitura de Coronel Fabriciano. A equipe, comandada por uma enfermeira, é responsável por fazer os curativos das queimaduras e também fornece boa parte dos antibióticos receitados a ela.

A partir daí, uma rede de apoio se formou e a recuperação da idosa tem evoluído bem. “Familiares começaram a enviar ajuda para alimentos, meus irmãos se uniram para pagarmos as medicações e fraldas. Hoje faz dois meses do acidente, ela já senta na cama e consegue se alimentar com as próprias mãos, mas foram muitos dias usando canudo e colocando comida na boca dela”, lembra Cláudia.

A idosa ainda não consegue se locomover e tem feito acompanhamento com uma profissional de fisioterapia três vezes por semana para recuperar o movimento das pernas. Cada sessão, segundo a filha, custa cerca de R$ 90 e a família ainda não sabe quantas ainda serão necessárias.

Maria Auxiliadora já consegue se alimentar sozinha (Arquivo pessoal)

Como ajudar?

Apesar de todo o apoio, os gastos com medicamentos, exames e o pagamento de uma fisioterapeuta tem pesado no bolso. Por esse motivo, Cláudia resolveu pedir ajuda para o tratamento da mãe.

Quem quiser contribuir basta enviar um PIX para a chave (CPF) 035.615.036-40. O nome completo da filha de Maria Auxiliadora é Cláudia Patrícia de Almeida Souza.

“Não quero doação de milhões, não estamos desprovidos, pois nossa família se mobiliza todos os dias um pouquinho. Mas temos gastos e o que nos vier e der para dividir com outros será feito, com certeza”, finaliza ela.

Edição: Roberth Costa
Larissa Reis[email protected]

Graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Vencedora do 13° Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog. Também participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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