Influenciador mineiro é condenado a mais de 18 anos de prisão por tráfico de drogas e outros crimes

Lohan Ramires
Lohan Ramires tinha mais de 500 mil seguidores nas redes sociais quando foi preso (Reprodução/@lohanramires/Instagram)

O influenciador digital Lohan Ramires foi condenado em primeira instância a mais de 18 anos de prisão, pelos crimes de tráfico de drogas, associação criminosa e falsidade ideológica. Ele estava preso desde maio de 2022 pela Operação Má Influência, em Uberlândia.

O médico Leonardo Pinder também foi condenado a mais de 11 anos de cadeia. Ele chegou a ser preso junto ao influenciador na mesma operação, mas liberado depois. O juiz Marco José Tricotti foi o responsável pelas sentenças.

De acordo com denúncia feita pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), os dois agiram de forma concertada, com o intuito de adquirir fármacos anabolizantes de uso controlado, com o objetivo de vendê-los na cidade de Uberlândia.

Além disso, prejudicar o direito das pessoas que tiveram os dados utilizados em notas fiscais ideologicamente falsas, despistar a ação das autoridades de fiscalização sanitária e aumentar a clientela do médico que atua no ramo da nutrologia.

Operação Má Influência

Os dois foram alvos da operação Má Influência, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e Coordenadoria Regional de Defesa da Ordem Econômica e Tributária de Uberlândia e pelas Polícias Civil e Polícia Militar.  

Na época em que ocorreram as investigações, o médico chegou a confessar que o intuito maior era, ainda que indiretamente, o lucro fácil, porque o volume de atendimentos em sua clínica iria aumentar. Isso porque o influenciador tinha mais de 500 mil seguidores no Instagram.

As notas fiscais apreendidas mostraram a aquisição dos anabolizantes diretamente de uma distribuidora de Goiânia, totalizando 498 canetas do fármaco de uso controlado a um custo de R$ 230.644,82.

Parte das notas fiscais eram emitidas em nome de terceiros, com a finalidade de despistar a ação das autoridades. Contudo, o endereço utilizado pertencia ao influenciador. Era no local que chegavam as substâncias entorpecentes que eram negociadas, em sua maioria, em academias de Uberlândia.

Com MPMG

Edição: Roberth Costa
Vitor Fernandes[email protected]

Sub-editor, no BHAZ desde fevereiro de 2017. Jornalista graduado pela PUC Minas, com experiência em redações de veículos de comunicação. Trabalhou na gestão de redes do interior da Rede Minas e na parte esportiva do Portal UOL. Com reportagens vencedoras nos prêmios CDL (2018, 2019, 2020 e 2022), Sindibel (2019), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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