Uma operação solicitada pela 4ª Promotoria de Justiça de Araguari, no Triângulo Mineiro, autuou e interditou a Frango Jaiara, indústria de comércio de aves, por maus tratos no processo de abate dos animais. Segundo o MPMG, o equipamento de insensibilização, que, supostamente, permite o “abate humanitário” das aves, apresentava defeitos, sendo insuficiente para provocar a perda de consciência dos animais.
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O laudo pericial também indicou que o tempo de espera entre o transporte e o abate era excessivamente elevado e que as aves demonstravam sinais de desconforto e cansaço. Os sistemas de refrigeração das salas de evisceração e embalagem também foram considerados inadequados, com temperaturas mantidas acima do valor máximo permitido pela legislação.
Segundo o MP, “o controle de temperatura deficiente pode comprometer a segurança sanitária dos produtos destinados ao mercado de consumo”. A documentação da indústria também estava irregular, com a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) vencida desde julho de 2023.
Além dos fiscais do Procon-MG, participaram da ação peritos médicos-veterinários credenciados na Coordenadoria Estadual de Defesa dos Animais (Ceda), do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), um fiscal do Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV-MG) e policiais militares.
A indústria de frango só poderá retomar suas atividades após comprovar à Promotoria de Justiça que todas as irregularidades foram corrigidas.
Com MPMG