Jogador de futebol amador é condenado a pagar R$ 14 mil a atleta por agressão em campo

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Um jogador de futebol amador de Três Marias foi condenado a indenizar outro atleta em R$ 14 mil por agredi-lo em campo (FOTO ILUSTRATIVA: Banco de imagens/Pixabay)

Um jogador de futebol de Três Marias, na região Central de Minas Gerais, foi condenado a indenizar outro atleta em R$ 13,9 mil por agredi-lo em campo. A decisão, da 11ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, manteve a sentença da juíza Vânia Fernandes Soalheiro, da Comarca de Três Marias.

O processo teve início em julho de 2021, quando o jogador, então com 20 anos, argumentou que durante a final campeonato de futebol amador de Três Marias, em 2017, o adversário o atingiu com um soco no rosto em uma jogada. Em seguida, quando estava no chão, a vítima teria sido pisada na cabeça.

O jovem foi levado a um hospital da região com corte no septo nasal, escoriações profundas na cabeça e fratura do maxilar. Ainda segundo consta no processo, a agressão foi tão grave que, devido ao tratamento, a vítima ficou impedida de realizar as provas do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) de 2017.

O que diz o réu?

Em sua defesa, o agressor, de 32 anos, alegou que o contato físico é próprio do futebol e que o lance estava em conformidade com o que se pratica no esporte. Ele argumenta que, como zagueiro, ele precisava impedir o atacante de marcar gols.

Ainda de acordo com o réu, a jogada deveria ter sido tratada apenas na esfera esportiva, na qual já teria recebido a punição esperada, ao ser expulso de campo. Para a juíza Vânia Soalheiro, os depoimentos das testemunhas confirmaram o entendimento de que “o réu agiu com culpa intensa no instante em que avançou em direção ao autor”.

‘Agressão desproporcional’

A magistrada determinou o ressarcimento dos valores gastos com o tratamento médico e com remédios, fixando ainda a indenização por danos morais em R$ 10 mil, por considerar que o ocorrido “foge completamente a qualquer padrão de situação tolerável, violando direitos de personalidade”.

O agressor recorreu dessa decisão, mas a relatora do processo, desembargadora Mônica Libânio Rocha Bretas, manteve a sentença de 1ª Instância, entendendo que se tratava de “uma agressão desproporcional e intencionalmente direcionada a ofender a integridade física de outro jogador”.

Arreda Pra Cá

Estreou nessa terça-feira (22), às 17h, o Arreda pra Cá, podcast do BHAZ que vai falar de tudo que o mineiro mais gosta: Minas Gerais, claro! Convidamos dez personalidades que têm tudo a ver com o nosso estado pra contar causos e bater um papo despreocupado no nosso sofá. Vai ter arte, cerveja, rolês, esporte e o que a gente tem de melhor: as nossas mineirices.

O esquema é simples, do jeitinho que a gente gosta: um sofá, um cantinho aconchegante e a conversa rolando solta. Os apresentadores Giovanna Fávero e Asafe Alcântara vão receber, a cada semana, um convidado pra contar tudo sobre negócios, marcas e personalidades que marcaram a história de Minas Gerais e fazem a gente se orgulhar de ser de BH.

Edição: Giovanna Fávero
Larissa Reis[email protected]

Graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Vencedora do 13° Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog. Também participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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