A Polícia Civil de Minas Gerais, em ação conjunta com a Polícia Militar, cumpriu três mandados de prisão e quatro de busca e apreensão em Contagem e no Distrito Federal contra integrantes da Máfia Azul, torcida organizada do Cruzeiro, na manhã desta terça-feira (10). Eles são investigados por agredir e roubar a camisa de um membro de torcida organizada rival no bairro Padre Eustáquio, em Belo Horizonte, em 13 de março. Dois dos suspeitos são apontados como o presidente e o vice-presidente da Máfia.
As investigações apontam que o crime teria sido motivado por rivalidade entre torcidas. À época, os investigados invadiram uma loja no Padre Eustáquio e agrediram um homem de 28 anos. Ao tentar protegê-lo, a mãe da vítima, de 55, também foi atacada. Os suspeitos ainda levaram uma camisa do torcedor rival, associada a outra torcida organizada do estado, como “troféu” pelo ataque.
Segundo o delegado Félix Magno, responsável pelo caso, os elementos reunidos sugerem que o ataque foi premeditado. “As informações que nos chegaram são no sentido que os responsáveis foram e voltaram, foram vistos mais de uma vez naquele local. A princípio, já conheciam a vítima”, destacou.
Os três envolvidos foram identificados como Arthur Augusto Ferreira, presidente da Máfia; Messas Wagner Souza Cardoso, vice-presidente; e João Victor Silvano, membro não pertencente à diretoria. Os dois primeiros foram localizados em Contagem, e o último, no Distrito Federal, com apoio de forças de segurança da unidade federativa.
Monitoramento
Segundo Félix Magno, a Polícia Civil apreendeu, durante a operação, objetos que interessam diretamente à investigação. “Como pedras, sprays adaptados para produzirem chamas de maior intensidade, entre outros que podem ser utilizados para a prática de violência”, revelou. Os agentes também apreenderam cerca de R$ 2.900 em espécie. “E tudo será periciado”, garantiu o delegado.
Os três investigados foram presos preventivamente e respondem por roubo qualificado.
O capitão Augusto Pena Figueiredo, do Batalhão de Choque da Polícia Militar, destacou o trabalho das forças de segurança de Minas contra ações criminosas envolvendo torcidas organizadas do estado.
“Essa operação reflete um trabalho conjunto de monitoramento que é feito diuturnamente”, disse. “A gente convida os torcedores a irem aos estádios, um ambiente de paz, de confraternização, mas há aqueles que usam desses eventos, de certos grupos, de certas agremiações, para a prática de violência. E, com a Polícia Militar, não vai haver mais espaço para isso”, concluiu.
O BHAZ tenta contato com a Máfia Azul. Assim que houver retorno, a matéria será atualizada.