A médica que sequestrou uma bebê recém–nascida em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, nessa terça-feira (23), disse à Polícia Civil que estava em surto psicótico durante o crime. Em entrevista coletiva nesta quarta–feira (24), a corporação informou que a mulher alegou não ter tomado seus medicamentos controlados.
O delegado Marcos Tadeu disse que as polícias civis mineira e goiana se empenharão em investigar todas as circunstâncias que levaram ao sequestro da menina. A corporação prendeu a médica neurologista de 42 anos em flagrante em Itumbiara (GO), na manhã desta quarta-feira (24).
“Aqui em Minas Gerais, especificamente, essa mulher não possui antecedentes criminais”, disse o delegado Marcos. Em relação à segurança da maternidade, o policial declarou que isso também será apurado. “É muito prematuro para nós falarmos que o hospital pecou nisso ou pecou naquilo”.
Segundo o delegado, o objetivo principal da polícia foi alcançado, que era recuperar a bebê e entregá-la para a família. Marcos Tadeu disse que a informação de que a médica estaria envolvida em um outro homicídio investigado pela Polícia Civil é falsa.
A polícia também irá investigar se mulher já conhecia a família da recém–nascida e se tinham mais pessoas envolvidas no sequestro. “Ela foi autuada por sequestro qualificado, cuja pena vai até oito anos de reclusão”, declarou o delegado.
Entenda o caso
A investigação preliminar da Polícia Civil de Goiás apontou que a médica neurologista premeditou o crime. Ela foi presa horas depois de sequestrar a menina da maternidade do Hosptal das Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia.
A bebê nasceu na noite dessa terça-feira (23), por volta das 21h. A mulher, que é funcionária concursada do hospital, entrou no quarto onde os pais estavam com a bebê e alegou que levaria a criança para ser alimentada com leite materno fornecido pela maternidade.
Após retirar a menina dos pais, por volta das 23h30, a médica fugiu do local. Os pais notaram o desaparecimento da filha e acionaram o sistema de segurança do hospital logo em seguida. Porém, a mulher já havia deixado o hospital.