Os Estados de Minas Gerais e Espírito Santo entraram com um recurso para aumentar o valor das indenizações por danos coletivos a serem pagas pelas mineradoras Vale, Samarco e BHP em função do rompimento da barragem em Mariana, há quase 9 anos.
O valor definido inicialmente pela Justiça foi de R$ 47,6 bilhões. O recurso exige que o montante seja maior que R$ 100 bilhões. A Advocacia-Geral do Estado de Minas Gerais (AGE-MG) e a Procuradoria-Geral do Estado do Espírito Santo (PGE-ES) defendem o aumento da quantia em razão do “caráter punitivo-pedagógico norteador da fixação de danos no ordenamento jurídico brasileiro”.
Os governos entendem que a indenização não pode ser menor do que os R$ 100 bilhões, devido ao porte econômico das empresas envolvidas. As mineradoras registraram, nos últimos três anos, um lucro líquido de quase R$ 500 bilhões.
Além disso, os órgãos consideram também a extensão territorial dos impactos. Ao todo, 32.813 quilômetros quadrados de área foram afetados. O rastro de lama teve impacto na vida de 2.449.419 de pessoas.