O BHAZ recebeu uma série de denúncias contra uma mulher, de 27 anos, de Conselheiro Lafaiete, que estaria aplicando golpes de pacotes de viagens. Em conversa com a reportagem, as testemunhas afirmaram que a mulher vende passagens para um grupo de excursão que sai de Minas Gerais com destino a Cabo Frio e fica com o dinheiro.
“Existem vários grupos de excursão na internet e ela vende o serviço através desses grupos. Ela age como se fosse a dona da excursão e pede o pagamento das passagens e hospedagem. No entanto, próximo a data, ela me falou que a viagem foi cancelada, que estava no hospital e não devolveu o dinheiro”, relata Lorena Cristina.
Tipos de golpes
De acordo com as denúncias, a mulher teria outros modos de aplicar o golpe. Rafaela Braga conta que ela e mais 11 pessoas compraram passagens no valor de R$ 950 com a mulher. “Eu achei ela no grupo de excursão, e ela nos vendeu essas passagens como se fosse a responsável”, explica.
O problema é que, segundo Braga, no dia da viagem, a verdadeira responsável pela excursão não estava sabendo de nada. “Depois da compra, ela informa que não é a única encarregada pela viagem e nos passa o nome da guia. E essa guia realmente existe, mas diz que não recebeu nada e teremos que pagar de novo”, narra.
“Nós chegamos para embarcar e a guia disse que nossos lugares já estavam ocupados. Só conseguimos viajar sem pagar nada de novo, porque chamamos a polícia, e a polícia disse que, como a guia conhecia a revendedora, ela teria que nos disponibilizar um novo ônibus. Fizemos a viagem, mas tivemos que dormir no chão por quatro dias, pois não tínhamos onde ficar.”
As informações passadas ao BHAZ dão conta de que a mulher, de fato, trabalhava revendendo passagens das excursões e é conhecida pelos guias. Raiane Pinheiro afirma que já tinha fechado o pacote da excursão com a mulher e deu tudo certo. “Fui muito bem tratada e cheguei a indicá-la para outras pessoas”, diz.
Apesar de Raiane não ter tido nenhum tipo de problema, as testemunhas relatam que ainda não receberam o dinheiro de volta. “Além de me bloquear nas redes sociais, ela não responde ou fica enrolando falando que o namorado dela vai mandar o dinheiro, que nunca chega”, esclarece uma das vítimas.
O BHAZ teve acesso aos boletins de ocorrência e procurou a guia responsável pela excursão que a mulher trabalhava como revendedora por comissão, mas ela preferiu não se pronunciar. O BHAZ também procurou a Polícia Civil e a mulher acusada pelo golpe, mas ainda não obteve retorno.
