O motorista de ônibus Weberton da Silva Ribeiro, de 38 anos, que perdeu a vida no gravíssimo acidente na BR-116, em Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, não estava escalado para trabalhar no dia do ocorrido. A informação foi confirmada pelo irmão de Weberton, que revelou que ele assumiu a escala para ajudar um colega de trabalho que precisava levar a filha ao médico.
Natural de Caratinga, no Vale do Rio Doce, Weberton acumulava vasta experiência na direção. Ele já havia trabalhado como caminhoneiro e também como motorista em outra empresa de ônibus. Segundo o irmão, o motorista do ônibus estava acostumado a realizar o trecho entre São Paulo e Bahia, passando pelo trecho do acidente na BR-116.
“Saiu de casa feliz. Morreu fazendo o que mais gostava”, afirmou o irmão, que preferiu não ser identificado, em entrevista à Rádio Itatiaia.
Além de Weberton, outras 40 pessoas morreram no acidente entre o ônibus, uma carreta e um carro, a maior tragédia em estradas federais do Brasil pelo menos desde 2007.
O motorista da carreta segue foragido. Ele fugiu do local do acidente. Segundo a Polícia Civil de Minas Gerais, o condutor estava com a carteira de motorista vencida desde 2022 e foi para o Espírito Santo logo depois da batida.
Em 2022, ele se recusou a fazer o teste do bafômetro após ser parado numa blitz e teve o documento apreendido.
Além disso, a carreta que ele guiava estava com peso acima do permitido, segundo investigação preliminar.