O MPMG (Ministério Público de Minas Gerais) está investigando a abordagem da Polícia Militar a uma mulher com criança no colo em Itabira, na região Central do estado. A ação gerou críticas nas redes sociais, pois um militar aplicou o golpe do joelho no pescoço. O caso ocorreu na última sexta-feira (5).
Em comunicado publicado nas redes sociais, neste domingo (7), o MPMG esclareceu que o Procedimento Investigatório Criminal foi instaurado para apurar os fatos. O texto do órgão aponta “indícios de violações de direitos e desvios funcionais” suspostamente praticados.
O #MPMG instaurou Procedimento Investigatório Criminal para apuração dos fatos ocorridos no dia 5/11, em Itabira, diante de indícios de violações de direitos e desvios funcionais supostamente praticados por policiais militares em abordagem a uma mulher acompanhada de crianças. pic.twitter.com/65Y0Xtu3wo
— MPMG (@MPMG_Oficial) November 7, 2021
Um vídeo circula pela web e mostra a abordagem de policiais a uma mulher acompanhada de duas crianças, sendo que uma delas estava no colo. O maior é afastado de perto dela e, na sequência, a mulher cai no chão e recebe o golpe no pescoço.
“Policiais militares de Itabira/MG prendem mulher com criança de colo e o aplicam golpe do joelho no pescoço que a polícia americana matou George Floyd. Vergonha, covardia”, escreveu o escritor e jornalista Afonso Borges ao divulgar o vídeo no Twitter.
Imagens fortes: policiais militares de Itabira/MG prendem mulher com criança no colo e aplicam o golpe do joelho no pescoço que a polícia americana matou George Floyd. Vergonha, covardia. Aconteceu agora, há uma hora, na Av. João Pinheiro, centro da cidade. @pmmg190 pic.twitter.com/689tRbtD9i
— Afonso Borges (@afonsoborges) November 6, 2021
Explicação
A Polícia Militar esclareceu ao BHAZ que prendeu um casal em flagrante pelo porte ilegal de arma de fogo e munições. Segundo a corporação, a mulher estava com a arma e se “agarrou” na criança no colo para usá-la como “escudo humano”.
A atuação dos militares está sendo investigada pela PM, por meio de um procedimento administrativo que já foi instaurado.
O prefeito de Itabira, Marco Antônio Lage, cobrou apuração rápida e com rigor. “Manifesto minha repulsa diante das imagens de uma abordagem policial. Este não é o procedimento padrão das nossas escolas militares e do Comendo Geral da Corporação”, escreveu.
Com a responsabilidade de prefeito municipal, manifesto minha repulsa diante das imagens de uma abordagem policial, ocorrida no início da noite em Itabira.
— Marco Antônio Lage (@marcoalagee) November 6, 2021