O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) de Minas Gerais se reuniu, nessa quarta-feira (20), com a Superintendência Regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para discutir a ocupação da fazenda Aroeiras, em Lagoa Santa, e também a regularização de outras áreas pelo estado.
Após um acordo, foi acordado que as 500 famílias que estão em Lagoa Santa terão um assentamento garantido dentro de 30 dias. O local foi ocupado por mulheres em 8 de março e a Justiça de Minas Gerais chegou a proibir a entrada de novas famílias no acampamento.
“Dessa forma, o MST concorda com a desocupação da área, mas destaca que seguirá fazendo ocupações de terra, pois reconhece esta ação como um instrumento legítimo e democrático de luta, que nos permite avançar com a reforma agrária em Minas Gerais e no Brasil”, diz nota publicada pelo MST.
Além disso, três territórios reivindicados pelos trabalhadores rurais sem terra no estado foram regularizados: as áreas do Quilombo Campo Grande, em Campo do Meio, do Acampamento Terra Prometida, em Felisburgo, e de Suzano, no Vale do Rio Doce.
“Reafirmamos o nosso compromisso com a reforma agrária e a agroecologia como política de cuidado ambiental, fundamental para o enfrentamento da emergência climática e para a superação da fome através da produção de alimentos saudáveis para todo o povo brasileiro. Quem luta por reforma agrária, luta pelo meio ambiente e pela vida com dignidade”, acrescentou o movimento.