O pai da adolescente Melissa Campos, de 14 anos, assassinada por um colega dentro da sala de aula em uma escola no bairro Universitário, em Uberaba, no Triângulo Mineiro, foi um dos primeiros a tentar socorrê-la. Ele, que trabalha na instituição de ensino, correu para a sala ao ouvir os gritos e a movimentação dos alunos após o ataque, ocorrido na manhã dessa quinta-feira (8).
Segundo informações do boletim de ocorrência, apesar dos esforços do pai e, conforme relatos iniciais que indicavam também a ajuda de um professor estudante de medicina, Melissa não resistiu aos ferimentos e morreu antes mesmo da chegada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).
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A investigação inicial revelou que a arma utilizada no crime foi uma faca, e não uma tesoura como divulgado preliminarmente. Testemunhas relataram à polícia que o adolescente agressor, também de 14 anos, levantou-se de forma repentina durante a aula, entregou uma folha de papel avulsa com alguns dizeres para Melissa e, em seguida, desferiu os golpes. O conteúdo do bilhete será analisado pela perícia, que também recolheu os cadernos do autor e o celular da vítima.
Após o ataque, o adolescente pegou sua mochila e fugiu pelos fundos da escola em direção ao Clube Uirapuru. Horas depois, uma intensa mobilização policial resultou na sua localização em uma rodovia próxima a condomínios da cidade. Ele foi abordado por uma equipe da Patrulha Rural e não ofereceu resistência à apreensão.
Conduzido à Delegacia de Plantão, o adolescente confessou o ato infracional análogo ao crime de homicídio na presença de seu representante legal. Durante o depoimento, ele indicou aos policiais onde havia abandonado a faca utilizada no crime. Ela estava cravada em um tronco de madeira em uma área de mata próxima ao entroncamento da AMG-2595 com a MG-427. A arma foi localizada e apreendida.
A Polícia Civil informou que enviou uma equipe de investigadores e peritos à escola para realizar os primeiros levantamentos oficiais. O corpo de Melissa foi encaminhado ao Posto Médico-Legal para exames e, posteriormente, liberado à família.
O adolescente apreendido foi apresentado ao Ministério Público para a adoção das medidas legais cabíveis. A Polícia Civil ressaltou que as investigações continuam para a completa elucidação do caso.