PF indicia mineiro que sugeriu matar Bolsonaro durante visita a MG

Bolsonaro em visita a Três Corações
Bolsonaro visitava unidade militar em Três Corações (Marcos Corrêa/PR)

A Polícia Federal indiciou o mineiro que sugeriu matar Jair Bolsonaro, durante visita no Sul de Minas, pelo crime de atentado contra o presidente da República. A investigação constatou que o jovem tinha a intenção de atentar contra o mandatário, enquanto ele visitava uma unidade militar no município de Três Corações. Se for condenado, o investigado pode cumprir até 12 anos de reclusão.

Pedro Venício publicou vídeos e mensagens pelas redes sociais sugerindo o atentado. A divulgação aconteceu em 29 de setembro de 2019, dia em que Bolsonaro visitaria o município. Na ocasião, Pedro, aos 25 anos, trabalhava como terceirizado na limpeza da Escola de Sargentos. Por meio do Instagram, o jovem publicou vídeos e mensagens, filmados na unidade militar, alegando que estava planejando um ataque ao presidente.

O inquérito da PF concluiu que Pedro manifestou e possuía a intenção de atentar contra Bolsonaro. O jovem foi indiciado pelo crime de atentado contra a liberdade pessoal do Presidente da República, conforme o artigo 28, da lei de Segurança Nacional.

As ameaças e a prisão

Nos vídeos e mensagens, filmados dentro da unidade militar em Três Corações, Pedro Venício dizia estar planejando o atentado. O jovem afirmou que estaria analisando toda a situação, para “acertar” o presidente quando ele chegasse ao batalhão. “Inicia-se aqui a sequência de histórias onde estou infiltrado na toca do lobo, melhor dizendo, Exército brasileiro”, disse em um dos vídeos.

Em uma das imagens, que chamou a atenção da PF na investigação, Pedro aparecia preparando uma arma perfurante. Ele lixava uma escova de dente, para transformá-la em “estoque”, arma que não seria identificável por detectores de metal. “Preparando minha faca para o Bolsonaro e aqui era a regra da rua”, dizia a inscrição no vídeo.

O homem foi detido no mesmo dia em sua residência e alegou que publicou o conteúdo de forma irônica. Segundo a PM, Pedro também mencionou inconformismo político, já que possui um posicionamento político de esquerda, mas garantiu que não fazia parte de qualquer entidade de classe.

Edição: Thiago Ricci
Guilherme Gurgel[email protected]

Estudante de Jornalismo na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Escreve com foco nas editorias de Cidades e Variedades no BHAZ.

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