‘Não há nenhum motivo de alarme’, diz Pimentel sobre surto de febre amarela

Governador Pimentel em reunião com secretários Odair Cunha (Governo) e Nalton Moreira (Saúde) para discutir medidas de combate ao surto de febre amarela (Manoel Marques/MG)

Após o Estado registrar 14 mortes neste ano em decorrência do surto de febre amarela, o governador Fernando Pimentel (PT) avaliou que “não há nenhum motivo de alarme”. Em vídeo divulgado pelo Governo de Minas nessa terça-feira (10), o chefe do Executivo reconheceu a gravidade da incidência de casos comprovados em áreas rurais do interior do Estado, mas afirmou que “não há um risco iminente de epidemia”.

Segundo dados divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde no início da semana, estão sendo investigados 23 casos suspeitos de febre hemorrágica aguda, dos quais 16 já tiveram respostas laboratoriais positivas para febre amarela. Cerca de 15 municípios dos vales do Aço, Rio Doce e Mucuri e da Zona da Mata estão em alerta devido aos casos.

“O que nós estamos fazendo é tomar ações preventivas nas regiões afetadas, envolvendo especialmente a vacinação das populações de área rural”, diz Pimentel no vídeo. “Se você mora em região urbana em uma das regiões dos municípios afetados, você não tem motivo para se preocupar ainda. Não há necessidade de vacinação em quem mora em área urbana, a não ser que você se desloque regularmente para área rural”, orienta.

Ainda segundo Pimentel, agentes da Secretaria de Saúde estão percorrendo “de casa em casa” nas regiões afetadas realizando as medidas de prevenção. “Já notificamos o Ministério da Saúde e temos vacinas suficientes para cobrir todas as regiões que estão sendo afetadas”, garante o governador.

Mudança

Em pleno surto de febre amarela em Minas Gerais, o alto escalão da Secretaria de Estado de Saúde sofreu mudanças nesta quarta-feira (11). A última edição do Diário Oficial do Estado trouxe a renomeação do secretário Sávio Souza Cruz. Ele havia sido exonerado provisoriamente, em novembro último, para reforçar a base de Pimentel na ALMG (Assembleia Legislativa de Minas Gerais) — já que acumula o cargo de deputado estadual.

Com a mudança, Nalton Moreira, que ocupava interinamente a secretaria, volta a exercer o cargo de secretário-adjunto de Estado de Saúde. Em nota, o Governo de Minas informou que as alterações no alto escalão da pasta já estavam previstas para o início de janeiro.

Febre amarela

A febre amarela é uma doença infecciosa grave, causada por vírus e transmitida por mosquitos, tanto em áreas urbanas e silvestres. Nas áreas urbanas, essa transmissão se dá por meio do mosquito Aedes aegypti, mesmo transmissor da dengue, chikungunya e zika. Em áreas florestais, os principais vetores são os mosquitos Haemagogus e Sabethes.

A transmissão acontece quando uma pessoa que nunca tenha contraído a febre amarela ou tomado a vacina contra a doença é picada por um mosquito infectado. No meio urbano, ao contrair a doença, a pessoa pode se tornar fonte de infecção para o Aedes aegypti. Além do homem, a infecção também pode acometer macacos, que podem desenvolver a febre amarela silvestre e ter quantidade suficiente de vírus para infectar mosquitos e, assim, infectar o homem.

As primeiras manifestações da doença são febre alta, calafrios, cansaço, dores de cabeça e muscular, náuseas e vômitos por cerca de três dias. A forma mais grave da doença é rara e costuma aparecer após um breve período de bem-estar (até dois dias), quando podem ocorrer insuficiências hepática e renal, icterícia (olhos e pele amarelados), manifestações hemorrágicas e cansaço intenso. A maioria dos infectados se recupera bem e adquire imunização permanente contra a doença.

Com Agência Minas

Guilherme Scarpellini

Guilherme Scarpellini é redator de política e cidades no Portal BHAZ.

SIGA O BHAZ NO INSTAGRAM!

O BHAZ está com uma conta nova no Instagram.

Vem seguir a gente e saber tudo o que rola em BH!