A Polícia Militar do Meio Ambiente apreendeu, na noite dessa quinta-feira (13), mais de 11 toneladas de queijo artesanal produzido de forma inadequada em Riachinho, no Noroeste de Minas. Segundo a corporação, os produtos estavam sendo armazenados em meio a fazes de rato e larvas.
A operação foi conduzida em conjunto com o IMA (Instituto Mineiro de Agropecuária) após denúncia anônima. Os alimentos eram acondicionados em uma casa abandonada na zona rural da cidade.
“Esse local já foi alvo da operação da PM, ocasião em que foram apreendidas mais de 32 toneladas de queijo. hoje vimos que as condições desse local continuam praticamente as mesmas”, lamenta o tenente Marcos Paulo, da PM de Meio Ambiente.
Queijo produzido sem práticas de higiene
Ainda segundo ele, os queijos ficavam mergulhados em uma salmoura em grandes caixas d’água para conservação. Em seguida, eles seriam lavados e vendidos, sem rotulagem, em grandes centros, como em Brasília e Uberlândia, no Triângulo mineiro.
Aqueles sem nenhuma condição de consumo humano eram triturados e comercializados a padarias. Por lá, o material era transformado em biscoito. Depois de apreendidas, as 11,4 toneladas de queijo foram enterradas em aterros de Bonfinópolis e Unaí.
“Um negócio muito porco, sem higiene nenhuma. O próprio pessoal do IMA, após fazer a inspeção, condenou todo o queijo. Tinha ratos, cachorros, tudo aberto, com poeira. Uma coisa muito triste”, acrescentou o militar.