A Polícia Civil de Minas Gerais divulgou nesta terça-feira (23) um guia com dicas de segurança para usuários de aplicativos de encontro evitarem golpes. A corporação alerta que as plataformas digitais são um meio de conexão para muitas pessoas, mas que alguns cuidados são necessários para manter a experiência livre de perigos.
Um balanço feito pela Polícia Civil revelou que até junho deste ano foram registrados mais de 50 mil crimes cibernéticos em todo o estado. No topo da lista estão os golpes de estelionato, com mais de 28 mil ocorrências. Os crimes de ameaça (7.618), invasão de dispositivo (3.611), e difamação (2.196) aparecem na sequência.
Para a delegada Cinara da Rocha, coordenadora do 1º Departamento de Polícia Civil em Belo Horizonte, as informações mais íntimas como dados pessoais, endereço e rotina devem ser resguardadas antes de um primeiro encontro presencial.
Ainda conforme a delegada, para um encontro presencial, a sugestão é optar por locais públicos, como shoppings, restaurantes, cafés e praças. “São locais que já oferecem segurança por si só e, em grande parte, contam com monitoramento eletrônico”, assinala.
Além disso, o compartilhamento das informações e da localização com uma pessoa próxima também são uma ótima estratégia para evitar ser vítima de algum crime. Se, durante o encontro, houver alguma situação suspeita, a recomendação é de que seja feito o acionamento imediato das autoridades policiais, por meio do 190.
“Seguindo essas dicas, é possível evitar crimes como estelionato, roubo, latrocínio, importunação sexual, estupro, extorsão mediante sequestro e até homicídio”, conclui Rocha.
Caso você perceba ter sido vítima de algum crime cometido por meio de aplicativo de relacionamento após o encontro, ligue para o Disque-Denúncia Unificado (DDU) 181 ou se dirija para a delegacia de polícia mais próxima, para que a ocorrência seja devidamente apurada.
Mineiro morre após marcar encontro por aplicativo
A Polícia Civil de São Paulo investiga o assassinato de um jovem mineiro de 24 anos ocorrido em junho deste ano na Vila Natália, Zona Sul da capital paulista. Leonardo Nunes vivia na região central da cidade e foi baleado após marcar um encontro por meio de um aplicativo de relacionamento gay, o Hornet.
As autoridades vão investigar se Leonardo foi vítima de homofobia. Segundo o registro policial feito por um amigo dele, o rapaz sinalizou a conhecidos que sairia de casa, por volta das 23h, e compartilhou a localização para garantir a própria segurança. Ele teria alertado que, se não voltasse até às 2h, a polícia poderia ser acionada.
Após o fim do prazo e sem contato com Leonardo, um amigo dele procurou a polícia e registrou o desaparecimento na 5ª Delegacia de Pessoas Desaparecidas do Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que o jovem foi socorrido no Pronto Socorro do Hospital Ipiranga, onde morreu. Ele teria sido baleado na rua Rolando, na Vila Natália. Foram solicitados exames ao Instituto de Criminalística (IC) e ao Instituto Médico Legal (IML).