A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu, na última segunda-feira (4), o inquérito que investigou a morte de Jéssica Vitória Canedo. A jovem de 22 anos morreu dias depois de um print falso, que sugeria um affair entre ela e o humorista Whindersson Nunes, circular na web.
Em entrevista coletiva, os delegados de polícia Luciano Alves dos Santos e Felipe Monteiro, da Delegacia Regional de Polícia Civil em Araguari, disseram que a jovem criou perfis falsos nas redes sociais e espalhou o boato do relacionamento para perfis de fofoca.
“Ela criou perfis falsos na rede social, três perfis falsos especificamente, e por meio desses perfis ela enviou para páginas de fofoca. Esses perfis se passavam por pessoas que eram ligados a ela e que teriam prints da conversa dela com o humorista”, detalharam os investigadores. Após uma página postar o print, a notícia falsa viralizou e tomou grande proporção.
Ainda de acordo com os delegados, uma jovem de 18 anos, natural de Rio das Ostras, no estado do Rio de Janeiro, foi indiciada pelo crime de instigação ao suicídio. Whindersson Nunes prestou depoimento à polícia e negou qualquer tipo de contato com a jovem.
Caso Jéssica
Jéssica Canedo, de 22 anos, morreu em dezembro do ano passado depois que prints falsos circularam pelas redes sociais sugerindo conversas com Whindersson Nunes.
Jéssica enfrentava um quadro de depressão e passou a receber ataques nas redes sociais depois que páginas divulgaram as conversas falsas. Na época, a mãe dela divulgou um vídeo em que diz que a filha cometeu suicídio em decorrência dos ataques online.
Na ocasião, Whindersson Nunes mandou um recado para a mãe da jovem mineira. No vídeo, o humorista explica ter recebido contato informando sobre o vazamento da suposta conversa entre ele e Jéssica. Segundo conta, quem enviou se comprometeu a não publicar, já que o humorista explicou ser uma conversa falsa.
Whindersson diz que foi pego de surpresa ao descobrir que Jéssica corria risco de vida. Ele iria gravar um comunicado para pedir que a jovem não sofresse ataques nas redes sociais. No entanto, não conseguiu a tempo, já que ficou abalado com a situação.
Além de Whindersson, o responsável pela página “Choquei” prestou depoimento por videoconferência. A página de conteúdo que soma mais de 21 milhões de seguidores nas redes sociais foi uma das que publicou o print falso e foi acusada por internautas de ser responsável pela morte de Jessica.
