As mortes de três crianças são investigadas pela Secretaria de Saúde de São João del-Rei. De acordo com o órgão, não se sabe o que pode ter provocado os óbitos, que ocorreram nos últimos dois meses.
O prefeito de São João del-Rei, Nivaldo Andrade, se pronunciou sobre o caso. Em vídeo divulgado nas redes sociais, o chefe do executivo anunciou o fechamento de escolas municipais a partir desta quarta-feira (25).
“A gente não sabe o que está acontecendo com as crianças, se é um vírus, se é uma epidemia. É um inimigo nosso. E amanhã já mandei fechar todas as escolas”, informa.
“Nós estamos em reunião com os médicos para saber qual o problema, mas ninguém sabe. Aqui está meu sentimento com todas as crianças que faleceram, pais, familiares. A gente sofre igual, porque eu também tenho filhos, mas estamos trabalhando para ver qual é o problema, porque nem os médicos sabem”, lamenta.
Escolas passarão por limpeza generalizada
Ainda segundo a prefeitura, as escolas municipais passarão por uma desinfecção e limpeza generalizada a partir desta quarta-feira. A previsão é de que as aulas voltem até o dia 5 de novembro. Durante esse período, cerca de 4 mil alunos ficarão sem aulas.
A Secretaria de Estado de Saúde de Minas (SES-MG) informou, por meio de nota, que acompanha os casos junto à Prefeitura de São João Del Rei.
“Neste momento, não há critérios que comprovem surto ou risco à saúde da população de São João Del Rei, bem como nenhuma evidência epidemiológica que justifique a alteração na rotina das atividades da população”, diz o comunicado
Nesta quarta, a Secretaria ministrará treinamento para os médicos da rede assistencial do município, com objetivo de orientar a rede de saúde para detecção e tratamento oportuno de casos suspeitos de infecção, com a identificação dos devidos diagnósticos.
Em casos de sintomas como febre e garganta inflamada, a orientação é procurar uma Unidade Básica de Saúde para diagnóstico correto e tratamento adequado.
O que se sabe até agora?
A Prefeitura de São João del-Rei confirmou a morte de três crianças de 3, 9 e 10 anos nos últimos dois meses. No entanto, ainda não há comprovação do que pode ser a causa das mortes. Além dos óbitos, outras quatro crianças estão internadas em hospitais e sendo observadas por equipes da Vigilância em Saúde.
Materiais coletados para investigação foram encaminhados para análise na Fundação Ezequiel Dias (Funed), em Belo Horizonte.
Ainda segundo as autoridades, não existe vínculo epidemiológico entre as crianças. Em nota, a Secretaria de Saúde disse que o “município não está enfrentando um surto”.
“Há crianças apresentando sintomas de amigdalite, febre, vômito, manchas ou erupções na pele, que passaram, em sua maioria, por avaliação médica na rede pública ou privada, e que se encontram estáveis”, diz o texto.
No primeiro óbito foi constatada infecção pela bactéria Streptococcus pyogenes. As outras mortes ainda aguardam laudos. Além disso, uma das crianças internadaS também teve diagnóstico de contaminação pela mesma bactéria, mas evoluiu bem e foi liberada.
Arreda pra cá
Em meio aos passos apressados, estresse e correria de um dia comum no Centro de BH, é cada vez mais comum ver pessoas parando rapidamente e olhando para o alto. Não por causa do céu, mas sim para observar as obras gigantes pintadas nas laterais de diversos prédios da região.
As famosas empenas, como são chamadas as laterais sem janela dos prédios, são parte do Cura (Circuito Urbano de Arte), festival de arte urbana que enriquece as ruas de Belo Horizonte e leva arte para todos.
E uma das idealizadoras do projeto está no Arreda pra Cá, o podcast do BHAZ.
No podcast, Giovanna Fávero e Asafe Alcântara vão receber dez convidados de diversas áreas que impactam e transformam Belo Horizonte para um papo sobre vida e carreira. Desta vez, quem passa pelo nosso sofá é Janaína Macruz, que se uniu às artistas Priscila Amoni e Juliana Flores para criar o Cura, em 2017.
Veja a entrevista completa:
