O rompimento da barragem da mineradora Vale, em Brumadinho, na Grande BH, completa 6 anos neste sábado (25). A tragédia deixou 272 mortos, sendo dois bebês ainda em gestação, e destruiu famílias, comunidades e o meio ambiente. Até hoje, três vítimas continuam desaparecidas.
O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais mantém as buscas desde o dia do desastre, tornando a operação a mais longa da história de resgates no Brasil. Mais de 4,7 mil militares já se dedicaram à missão, utilizando máquinas pesadas, cães farejadores e tecnologia para vasculhar os rejeitos.
Para as famílias, cada dia de trabalho reforça a esperança, mas também escancara a dor de um crime que poderia ter sido evitado. As vítimas não encontradas são Maria de Lurdes da Costa Bueno, então com 59 anos, Natália Porto de Oliveira, 25 anos, e Tiago Tadeu Mendes da Silva, 34 anos.
O rompimento liberou 12 milhões de metros cúbicos de rejeitos de mineração, que soterraram a região, contaminaram o rio Paraopeba e destruíram a biodiversidade.
No âmbito jurídico, o caso avança lentamente. A Justiça Federal analisa as acusações contra executivos da Vale e da Tüv Süd, empresa responsável pela declaração de estabilidade da barragem. Eles respondem por homicídio doloso e crimes ambientais, mas, até o momento, ninguém foi condenado.
O marco do sexto ano da tragédia vai mobilizar manifestações na cidade. Os atos oficiais vão acontecer a partir das 11h deste sábado, na praça Saudade das Joias, próximo ao letreiro da entrada de Brumadinho. Às 15h será inaugurado o Memorial construído para honrar a memória das vítimas. O espaço fica em Córrego do Feijão, comunidade onde ficava a barragem rompida.