Após o indiciamento, na última quarta-feira (6), de dois jovens servidores do Governo de Minas suspeitos de envolvimento em caso de estupro coletivo, o ocorrido voltou a ganhar força com a divulgação, na internet, de uma carta aberta em repúdio ao crime, a qual foi assinada por diversos servidores públicos do Estado.
O documento que, segundo as autoras, já conta com a adesão de cerca de 200 servidores, afirma que “ocorrem situações de assédio (no ambiente de trabalho) nas quais as servidoras não sabem a quem recorrer ou têm medo de fazê-lo por causa de possíveis retaliações”.
No entanto, ainda segundo o texto, “é necessário ampliar o diálogo junto às servidoras, aos servidores e às instituições competentes, para que orientações estejam disponíveis e haja cobrança por ações efetivas nesses casos”.
Ao Bhaz, uma das autoras da carta contou que a iniciativa partiu da indignação das diante dos reiterados casos de violência sexual contra mulheres, silenciados pelas próprias vítimas, por temer retaliações. “Estamos atentas e não mais omissas; esta carta é um chamamento às servidoras e aos servidores do Executivo, Legislativo e Judiciários mineiros, para que a gente construa no ambiente de trabalho uma discussão sobre o tema”, disse. “Estamos unidas para encarar a cultura do estupro”, declarou.