A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu as investigações sobre o assassinato de uma criança de 5 anos, durante um ritual, na cidade de Frutal, no Triângulo Mineiro. O pequeno foi queimado vivo na presença dos parentes e de um líder espiritual. Foram indiciados por homicídio doloso a mãe, a tia, o avô e a avó da vítima, além de um líder espiritual e o auxiliar dele.
A criança de 5 anos faleceu no dia 24 de março, momento no qual os suspeitos apresentaram a versão de que teria ocorrido um acidente doméstico envolvendo álcool e uma churrasqueira. Contudo, as investigações apontaram que a vítima teria sido utilizada em um ritual de evocação e incorporação de espíritos, na companhia dos avós, da tia e da mãe.
Segundo as investigações, o homem apontado como líder espiritual teria jogado álcool com ervas no corpo da criança e, posteriormente, ateado fogo usando uma vela, queimando-a viva. A vítima morreu em decorrência de queimaduras, que atingiram quase 100% do corpo dela.
Prisões
De acordo com o delegado Murilo Antonini, os seis suspeitos foram presos temporariamente durante as investigações. “No relatório final nos representamos [na Justiça] pelas conversões das prisões temporárias em prisões preventivas, mas a justiça converteu essa conversão apenas para quatro suspeitos. deixando em liberdade provisória o avô da vítima e também, não concedendo a prisão preventiva para o auxiliar do guia espiritual, que foi identificado durante a deflagração da operação”, explica.
A mãe, a tia, a avó e ao líder espiritual permanecem presos de forma preventiva. A investigação ainda está em andamento.