A histórica cidade de Tiradentes, no Campo das Vertentes em Minas Gerais, deu um importante passo em direção a uma mobilidade mais sustentável e livre da exploração animal. Nesta sexta-feira (1º), um protótipo de charrete elétrica foi oficialmente apresentado no Largo das Forras, marcando o início do projeto “Transição da Tração Animal para a Inovação”. A inciativa visa substituir os tradicionais veículos de tração animal, preservando tanto o bem-estar dos cavalos quanto o patrimônio cultural da cidade.
Mas, ao contrário do que muitos podem imaginar, a substituição das charretes não ocorrerá de forma imediata. “Esse movimento pela substituição das charretes começa no conflito entre proteção animal e as famílias que precisam de dar continuidade ao trabalho, em razão do seu sustento”, explica Luciana Imaculada de Paula, coordenadora da Coordenadoria Estadual de Defesa dos Animais do Ministério Público de Minas Gerais (CEDA). Segundo ela, o diálogo constante com os charreteiros foi essencial para uma solução que atendesse todas as necessidades.
Além da preservação ambiental, o projeto visa uma abordagem de “saúde única”, integrando bem-estar animal, humano e ambiental. Brenda Sampaio, advogada do Instituto Arbo, reforça que este é apenas o começo de uma transição que será feita de forma justa e colaborativa. “Este momento é apenas o primeiro passo de uma transição muito importante e necessária, marcando o início de uma jornada com desafios e conquistas pela frente”, afirma. A próxima etapa inclui um plano para destinar os cavalos a adoções responsáveis.
O projeto de transição é fruto de uma parceria entre o Instituto Arbo, o Ministério Público de Minas Gerais, e entidades de defesa animal, como a Coordenadoria Estadual de Defesa Animal.