UFMG ganha prêmio nacional por invenção de tecido que controla temperatura corporal

tecido termico
Pesquisadores do Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais da UFMG inovaram ao desenvolver um tecido controlador térmico (CTIT UFMG/Divulgação)

Já imaginou usar uma roupa capaz de controlar a temperatura do seu corpo? Pesquisadores do Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) inovaram ao desenvolver um tecido controlador térmico.

O tecido criado pela UFMG pode ser usado em materiais esportivos ou para confecção de uniformes usados por profissionais que trabalham submetidos a altas temperaturas, como carteiros e garis.

A iniciativa rendeu à universidade o Prêmio Patente do Ano, concedido pela Associação Brasileira da Propriedade Intelectual. A tecnologia foi desenvolvida sob a coordenação do professor Rodrigo Oréfice.

“Desenvolvemos um tecido inteligente capaz de controlar a temperatura do corpo, dependendo da sua composição química. É uma invenção que orgulha nossas universidades”, afirmou ele durante a premiação. Os outros inventores são a professora da Uemg (Universidade Estadual de Minas Gerais) Eliane Ayres e as pesquisadoras da UFMG Rosemary Bom Conselho Salles e Priscila Ariane Loschi.

Tecnologia antiga

Eliane Ayres explica que a tecnologia derivou de um trabalho vencedor do Prêmio Jovem Cientista, concedido em 2012, pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico). Naquela época, os olhos dos cientistas estavam voltados a buscar soluções para as Olímpiadas do Rio de Janeiro.

“No início, pensamos em um tecido para dar maior conforto aos atletas, depois estendemos para outros usos, principalmente para profissionais que trabalham sob o sol, como frentistas e carteiros”, informou. Essa tecnologia já é utilizada no mercado internacional, porém com cápsulas introduzidas entre as fibras do tecido.

“Se está muito frio, o produto libera calor, se está muito quente, absorve calor, fazendo com que o corpo mantenha a mesma temperatura. O problema é que essas capsulas funcionam como medicamentos, que tem paredes, o que acaba diminuindo a eficiência do material. Conseguimos dirimir essa deficiência com a nossa tecnologia”, afirma Ayres.  

Com UFMG

Edição: Roberth Costa
Larissa Reis[email protected]

Graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Vencedora do 13° Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog. Também participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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