Zema mantém cronograma escolar da rede estadual: ‘Muito conscientes de que estamos fazendo certo’

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Zema também falou do Carnaval e criticou a ‘politização das vacinas’ (FOTO ILUSTRATIVA: Henrique Coelho/BHAZ)

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), garantiu a manutenção do cronograma escolar da rede estadual de ensino. As aulas começarão no dia 7 de fevereiro. O anúncio foi feito em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (27) e ocorre um dia após o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD) adiar o início das aulas na capital (veja mais aqui).

“Nós vamos manter a data de retorno para 7 de fevereiro e não vamos alterar. As escolas estão preparadas através de um protocolo sanitário para esse retorno seguro. A grande maioria desses jovens já está vacinado e é muito mais arriscado esses jovens estarem em clubes, jogando bola na rua, do que estar dentro da escola, que é um ambiente que tem controle”, disse o governador.

Zema disse que o governo avaliará se haverá um aumentos na incidência de Covid com o retorno das escolas. “Nós estamos muito conscientes de que nós estamos fazendo certo. Vamos voltar as aulas e ver se o número de casos vai cair ou subir entre crianças. Nossa expectativa é que caia”, pontuou.

Segundo o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, a expectativa do estado de Minas é que toda criança de 5 a 11 anos esteja vacina com a primeira dose em fevereiro. Ele pediu aos pais que entendessem que a vacina é segura e “a única saída para sairmos na pandemia”. “Se tivéssemos a ômicron no ano passado, estaríamos passando por um momento muito difícil”, disse o médico, se referindo ao período que o país ainda não tinha uma cobertura vacinal contra a doença.

O secretário também falou que o estado está próximo de chegar no pico da variante (veja mais aqui).

Carnaval

Romeu Zema também falou sobre o Carnaval. “Cabe a cada prefeitura estar acompanhando, fiscalizando, mas já deixamos claro que as nossas forças de segurança darão total apoio para que não haja aglomerações”, disse.

Ele descartou a ocorrência das festividades. “Não podemos permitir esse tipo de aglomeração em um momento tão crítico da pandemia como esse que nós estamos vivendo, que, vale lembrar, não está gerando tantas internações e óbitos, mas está gerando uma sobrecarga enorme no sistema de saúde, falta de medicamentos, profissionais, devido à grande quantidade de pessoas afastadas”, alertou.

Ontem (26), o prefeito de BH anunciou que não haverá feriado de Carnaval na capital, marcado para acontecer nos dias 28 de fevereiro e 1º de março.

Respeito à ciência

O governador está no 11º dia de Covid e creditou à vacina os sintomas mais brandos. “Os três primeiros dias realmente foram muito desagradáveis, muita indisposição, mas tenho melhorado dia a dia e os sintomas são cada vez mais leves, apesar da falta de olfato, paladar, e certa indisposição que surge, mas estou muito bem e já tenho quase uma agenda normal, como já fazia antes de contrair Covid”, disse.

Zema pediu colaboração por parte da população. “Se as pessoas não tiverem consciência, a situação não vai ser resolvida. Já aplicamos mais de 37 milhões de dose, estamos caminhando rapidamente pra 40 milhões, mas ainda temos muitas pessoas que não completaram seu ciclo de vacina. A dose de reforço é importantíssima”, pontuou.

“Os meus sintomas foram relativamente leves e fica cada vez mais provado que pessoas que estão sendo hospitalizadas com quadro grave foi porque se recusaram ou não completaram a imunização”, completou o governador, que já tomou a terceira dose da vacina contra o novo coronavírus.

‘Vacina tem, falta responsabilidade’

Ele culpou os não vacinados pela redução das cirurgias eletivas no estado. “Essa responsabilidade é de todos, vacina tem em todo lugar, tanto para adulto quanto para criança. O que tem faltado é responsabilidade. Quem não é responsável acaba expondo os outros desnecessariamente ao risco e atrapalhando o andamento inclusive do nosso trabalho”, começou.

O chefe do Executivo estadual ainda criticou a “politização das vacinas”. “Nós estamos com aquele programa de reduzirmos a fila das cirurgias eletivas e toda vez que você destina mais profissionais, mais recursos, leitos para atender Covid, é menos cirurgia eletiva que é realizada e menos pessoas que poderiam ser salvas. Então não é hora de politizar saúde. Saúde é assunto para quem é da área”, finalizou.

Edição: Giovanna Fávero

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