Empresário morre e família denuncia negligência em UPA de Contagem

O caso chamou a atenção nas redes sociais e causou indignação entre os moradores de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, que já organizam um protesto para este sábado (5) contra o descaso da prefeitura com a saúde pública.

Um vídeo publicado no Facebook, com mais de 800 compartilhamentos, flagra o empresário Wesley Gomes Martins, de 31 anos, deitado em um colchonete no chão da Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) JK, na última quinta-feira (25), sem receber o atendimento adequado.

 O rapaz estava com suspeita de dengue hemorrágica e acabou morrendo no dia seguinte – sexta (26) – depois de ser levado para a UPA Centro-Sul, na capital, onde foi finalmente atendido, mas não resistiu aos sintomas da doença.A denúncia foi feita por Warley Gomes Martins, irmão gêmeo do paciente. Eles também eram sócios, donos de um salão de beleza em Contagem.

Warley afirma que além das condições precárias e da superlotação da UPA JK, a negligência da enfermeira que estava de plantão durante a noite no local foi determinante para o óbito de Wesley. “Meu irmão estava mal, sentindo muita dor nas pernas, pálido e chegou a vomitar sangue. Mesmo nessas condições, durante a triagem, a enfermeira colocou nele a pulseira verde, como se o caso fosse simples, de mais uma suspeita de dengue. Todos no local viram o estado deplorável dele e se comoveram. Já desconfiávamos que era hemorrágica. Depois de mais de três horas, conversando bastante com a enfermeira e com outros profissionais da UPA, é que conseguimos levá-lo lá para dentro da urgência. E mesmo assim não tinha leito suficiente. Levamos um colchonete para que ele pudesse deitar ali mesmo no corredor, porque ele não estava aguentando de dor. Certamente a enfermeira também foi responsável”, denunciou.

De acordo com Warley, um médico da UPA JK, preocupado com a situação do paciente, recomendou que ele levasse o irmão para outra unidade de saúde para, então, receber atendimento. “Esse médico, que chegou quando já era manhã, foi bastante atencioso pois se sensibilizou com o caso. Ele sabia que meu irmão não teria chance de sobreviver ali, naquelas condições. Então o doutor liberou o meu irmão na sexta. Levamos ele para a UPA Centro-Sul, onde ele realmente foi atendido com dignidade. Mas já era tarde demais. Ele não resistiu. Penso que se a enfermeira não tivesse demorado tanto para perceber a gravidade da doença, meu irmão teria grandes chances de estar vivo agora”, lamentou.

Veja o vídeo e matéria na íntegra no portal O TEMPO

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