No próximo sábado, 3 de julho, estão previstas novas manifestações contrárias ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A mobilização nacional estava marcada para acontecer no fim do próximo mês, no entanto, as denúncias apresentadas pelo deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid fizeram o ato ser antecipado.
O “Povo Sem Medo” é uma das frentes que organiza a campanha #ForaBolsonaro e informou, pelas redes sociais, o novo calendário proposto. “Bolsonaro é um empecilho no enfrentamento à pandemia e também o escândalo de corrupção no caso Covaxin que envolve diretamente o presidente”, disse em um dos trechos.
A semana que inicia será marcada pela entrega do “Superpedido de Impeachment de Bolsonaro” e um ato vai acontecer em Brasília na próxima quarta-feira (30). Uma Plenária Nacional de Lutas Populares está marcada para a quinta (1º) para organizar os atos que serão realizados em diversas partes do Brasil.
Além do impeachment de Bolsonaro, as demais pautas dos atos são a vacinação contra a Covid-19, fim da violência policial e auxílio emergencial no valor de R$ 600.
Covaxin
O ato contra Bolsonaro estava marcado para acontecer em 24 de julho, mas acabou sendo antecipado para o próximo sábado, devido ao caso envolvendo a compra da vacina Covaxin. Em depoimento na CPI da Covid, o deputado Luis Miranda disse que o presidente não informou as autoridades sobre as denúncias de irregularidades na aquisição do imunizante indiano.
A compra estaria sendo coordenada pelo deputado Ricardo Barros (PP-PR), que é o líder do governo na Câmara.
“A senhora também sabe que foi o Ricardo Barros que o presidente falou. Eu não me sinto pressionado para falar, eu queria ter falado desde o primeiro momento, mas é porque vocês não sabem o que vou passar”, disse o parlamentar na comissão ao revelar o nome do também deputado.