O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) participou, nesta manhã (28), de um evento com lideranças religiosas em Goiânia (GO). Durante o encontro, o chefe do Executivo federal deu diversas declarações polêmicas. Dentre elas, disse que há apenas três alternativas para o futuro dele: “estar preso, ser morto ou a vitória”. Logo em seguida, o presidente descartou qualquer chance de ser preso.
“Nenhum homem aqui na terra vai me amedrontar”. Vivo? Dependo de Deus. Uma vitória, ao lado de vocês”, afirmou o presidente, em referência a uma possível prisão. Em outra parte do discurso, o presidente negou que tem intenção de dar um golpe. “Eu já sou presidente. Vou querer dar um golpe em mim mesmo?”.
Apesar de ter dito que não deseja realizar um golpe, Bolsonaro afirmou que “tudo tem limite”. “Temos um presidente que não deseja nem provoca rupturas, mas tudo tem um limite em nossa vida. Não podemos continuar convivendo com isso”, disse durante culto na Igreja Assembleia de Deus.
7 de setembro
O mandatário também incentivou as lideranças evangélicas a participarem dos atos pró-governo, planejados para o próximo dia 7 de setembro, data da independência do Brasil. “Sei que a grande maioria de líderes evangélicos vai participar do movimento de 7 de setembro, e assim tem que fazê-lo, está garantido em nossa Constituição. Espero que não queiram tomar medidas para conter esse movimento”, encorajou.
Bolsonaro informou que, na data, estará pela manhã na Esplanada dos Ministérios, em Brasília (DF), e à tarde, na Avenida Paulista, em São Paulo (SP).
Tratamentos sem comprovação científica
O presidente voltou a defender o uso de remédios sem eficácia comprovada para o tratamento da Covid-19. “Eu tomei hidroxicloroquina, no dia seguinte estava bom. Não foi da minha cabeça, foi ouvindo pessoas”, alegou. Bolsonaro também zombou da possibilidade de a CPI da Covid responsabilizá-lo pela divulgação dos medicamentos. “A última da CPI, nas palavras de alguns poucos, eu vou ser enquadrado em charlatanismo e curandeirismo“, disse.
Mais ataques ao TSE
Bolsonaro aproveitou o evento para atacar, mais uma vez, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral). O presidente criticou a decisão do tribunal de suspender repasses financeiros a canais bolsonaristas que estão sendo investigados por propagação de fake news no Youtube. Para o mandatário, a ação abre precedente para que tribunais regionais façam o mesmo, o que seria antidemocrático, de acordo ele.
“Digo uma coisa a eles. Deus me colocou aqui e somente Deus me tira daqui”, disse Bolsonaro ao público evangélico.
