Bolsonaro critica projeto que torna crime divulgar notícias falsas

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O mandatário comemorou a rejeição ao requerimento de urgência para o PL das Fake News na Câmara dos Deputados (Reprodução/Jair Bolsonaro/YouTube)

O requerimento de urgência para o Projeto de Lei das Fake News, apresentado nessa quarta-feira (6), foi rejeitado na Câmara dos Deputados. Por meio de tradicional live no YouTube, o presidente Jair Bolsonaro (PL) comemorou a negativa e alfinetou partidos da oposição, condenando o projeto que torna crime o financiamento e a disseminação de notícias falsas. Segundo ele, a aprovação da medida seria o “início da censura no Brasil”.

“A Câmara dos Deputados não aceitou a votação do regime de urgência ao projeto das fake news. É um projeto completamente sem pé nem cabeça… ou melhor, só muita cabeça e pouco pé, e seria o início da censura no Brasil […] Como eu, Jair Bolsonaro, votaria? Eu nem leria!”, começou o chefe do Executivo.

“Quem era o relator dele? Um cara do PCdoB [Orlando Silva]. Então, como regra, projeto que vem do PCdoB, do PSol, do PT, pode votar contra sem ler, porque você tem muito a ganhar. Raramente eles apresentam um projeto que preste. Fora isso eles tentam, usando as armas da democracia, levar o Brasil para o socialismo”, disparou o presidente.

Jair Bolsonaro ainda defendeu que, “quando alguém extrapola”, existe amparo legal para exigir reparação por danos morais. Ele diz que nunca aprovaria uma lei que criminalize pessoas que divulguem notícias falsas.

Na sequência, o chefe do Executivo ironizou Orlando Silva afirmando que ele próprio espalha fake news. Em seu perfil no Twitter, o parlamentar recordou o assassinato de Marielle Franco e sinalizou que a família Bolsonaro estaria envolvida no crime. “Os áudios da irmã de Adriano da Nóbrega levam o assassinato para dentro do Palácio do Planalto”, escreveu, nessa quinta-feira (7).

“Alguém me aponte o motivo que eu tinha pra matar a vereadora Marielle Franco. Motivo nenhum, zero, não dá nem para discutir. Os áudios dela, pelo que tomei conhecimento, ela se equivocou. Em vez de falar Palácio das Laranjeiras, falou Palácio do Planalto. Se equivocou […] Orlando Silva, o ‘Rei da Tapioca’, o ministro que usava cartão corporativo para comer tapioca às custas do povo”, criticou Bolsonaro.

Nicole Vasques[email protected]

Jornalista formada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), escreve para o BHAZ desde 2021. Participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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