Bolsonaro minimiza queda de aprovação e rebate críticas sobre acordo com os EUA

José Dias/PR

Em transmissão realizada no Facebook na noite desta quinta-feira (21), o presidente Jair Bolsonaro (PSL) rebateu críticas à retirada da necessidade de visto para americanos entrarem no Brasil, anunciada por ele em visita ao presidente dos EUA, Donald Trump. Segundo o presidente, os jornais do exterior trataram a medida com isenção e elogiaram o acordo.

“Houve críticas por parte da imprensa brasileira de que deixaríamos de arrecadar R$ 60 milhões com a questão dos vistos. Mas, por conta do fluxo grande de pessoas que irão para o Brasil, com toda certeza que vão deixar bilhões aqui, para compensar essa perda. Além disso, o Trump sinalizou a possibilidade de retirada de visto para grupos de brasileiros”, finalizou o presidente sem dizer a qual grupo de brasileiros a medida beneficiaria.

Em relação a reciprocidade no acordo, Bolsonaro comentou as críticas recebidas como “coisa de esquerdóides”. “Vão criticar porque não exigi a reciprocidade, mas não penso dessa maneira. Trata-se de uma empreitada útil para o crescimento do nosso país. Eu nunca vi americano querer trabalhar no Brasil em troca de garantias trabalhista, mas já vi brasileiro ir para lá para trabalhar sem garantia nenhuma. Além disso se o outro candidato tivesse ganho – se referindo a Fernando Haddad (PT) -, estaria, com certeza, agora, na Venezuela conversando com o Maduro”, afirmou.

Em relação a queda do índice de aprovação de seu governo, Bolsoanro relevou o tema. “Quero dizer a todos que o instituto que fez a pesquisa tem a mesma credibilidade das pesquisas eleitorais, que diziam que eu perderia para todos os candidatos no segundo turno das eleições”, disse o presidente.

O presidente está em Santiago, no Chile, onde cumpre agenda até sábado. Amanhã (22) haverá um encontro com os presidentes de Argentina, Peru, Colômbia, Paraguai, Equador e Chile. No dia 23, ele se reúne em um encontro bilateral com o líder anfitrião, Sebastian Piñera.

O destaque do encontro será o lançamento do Prosul, nova comunidade de países latino-americanos que deverá substituir a União das Nações Sul-Americanas (Unasul). O Prosul será formado por 12 países: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai, Costa Rica, Nicarágua, Panamá e República Dominicana.

Temer

Mais cedo, ao desembarcar em Santiago, no Chile, para participar da Cúpula Presidencial de Integração Sul-americana, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que “cada um deve responder por seus atos” e que a “Justiça nasceu para todos” referindo-se à prisão do ex-presidente Michel Temer ocorrida em um desdobramento da Operação Lava Jato.

“A Justiça nasceu para todos e cada um responda pelos seus atos. O que levou a essa situação, pelo que parece, são os acordos políticos dizendo-se em nome da governabilidade. A governabilidade você não faz com esse tipo de acordo, no meu entender. Você faz indicando pessoas sérias e competentes para integrar o seu governo, é assim que eu fiz no meu governo, sem o acordo político, respeitando a Câmara e o Senado brasileiro”, afirmou Bolsonaro.

Da Agência Brasil

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