Mais de R$ 1,4 milhão já foi investido em anúncios políticos no Google desde novembro de 2021, gastos por partidos, entidades, políticos e pré-candidatos. A informação é do relatório de transparência da própria plataforma, e quem lidera o “ranking” dos anunciantes é a produtora “Brasil Paralelo”, que divulga conteúdos conservadores e revisionistas.
O relatório faz parte de um acordo entre o Google e o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) firmado em fevereiro, que tem como objetivo o enfrentamento da desinformação contra o processo eleitoral do país. Desde 17 de novembro, 2.028 anúncios políticos já foram contabilizados até esta quinta-feira (21).
Segundo o Google, os anúncios eleitorais são aqueles que se referem a “um partido político, um funcionário público eleito ou um candidato à presidência, à vice-presidência, ao Senado Federal ou à Câmara dos Deputados”.
Ainda de acordo com o relatório, 89,2% desses anúncios são feitos em vídeo, o que corresponde a R$ 1,26 milhões gastos nesse formato. Depois, vem o anúncio em texto, com 9,02%; e o gráfico, com 1,81%.
Quem lidera o ranking de local de exibição dos anúncios é São Paulo, com R$ 431 mil direcionados para o público do estado. Depois, vem o Rio de Janeiro, com R$ 315 mil; Minas Gerais, com R$ 85,5 mil; e a Bahia, com R$ 51,5 mil.
Maiores anunciantes
Ao todo, quem mais divulgou anúncios políticos no Google entre 17 de novembro de 2021 e 21 de julho de 2022 é a produtora Brasil Paralelo, que desembolsou R$ 411 mil. Depois, vem o PSDB nacional, que gastou R$ 241 mil nas publicidades.
Em terceiro lugar, está o PSB do Rio de Janeiro, com gastos em R$ 179 mil; e depois vem o partido União Brasil, com R$ 109 mil. O quinto lugar é ocupado pelo empresário Thiago Barros Rodrigues Costa, que promove pesquisas relacionadas à avaliação do governo Bolsonaro.
Atrás dele, está a Newsletter Digital A Voz Do Brasil, cujo sócio é o pré-candidato Ciro Gomes (PDT), e que exibe vídeos de divulgação da pré-candidatura do político. Seguindo a lista dos dez maiores anunciantes, estão o MDB, o PP, o PT e União Brasil em Alagoas.