Coligações serão fundamentais na disputa pela PBH; veja o tempo de propaganda de cada pré-candidato

Índice foi anunciado hoje à tarde e ainda depende de aprovação pela CMBH (Yuran Khan/Bhaz)

Começa a contar, a partir desta quarta-feira (20), o prazo que os partidos terão para a definição dos candidatos e para formatação das alianças políticas. As convenções partidárias de caráter eleitoral, nas quais devem ser formalizadas as candidaturas e coligações, serão realizadas até o dia 5 de agosto próximo, conforme prevê o calendário das eleições — contudo, a partir de agora, as agremiações terão apenas 15 dias para definir quem vai apoiar quem e, dessa forma, desanuviar um cenário ainda obscuro na capital mineira.

Em Belo Horizonte, pelo menos 16 pré-candidatos já sinalizaram o interesse em disputar a cadeira do chefe do Executivo municipal. No entanto, entre encontros, almoços entre políticos de diferentes partidos, rodas de conversas e participações em convenções, nenhuma coligação ainda foi confirmada.

Tendo em vista o curto período para realização das campanhas (apenas 45 dias ante 90 anteriormente) e a proibição do financiamento da iniciativa privada — alterações essas previstas pela nova lei eleitoral —, a aliança entre agremiações partidárias corresponde a um elemento-chave para que um candidato consiga alcançar a eleição.

Nessa perspectiva, o cientista político Lucas Cunha, em conversa com a reportagem do Bhaz, ressaltou o papel das coligações nesse cenário adverso à campanhas sofisticadas e despendiosas, como eram realizadas, em sua maioria, nas eleições anteriores.

“As alianças vão aumentar a chance de um candidato se eleger. São através dessas coligações entre partidos políticos que os candidatos agregam mais tempo de tevê e conseguem um maior número de apoiadores”, explica.

Para ele, o grande número de pré-candidatos em Belo Horizonte é um reflexo da “fragmentação partidária”, o que pode estar dificultado a aproximação dos partidos e, por conseguinte, a formação de alianças.

“Não precisamos nos assustar diante de tantos pré-candidatos, pois, mesmo que alguns nomes não sejam viáveis eleitoralmente, os partidos os lançam como forma de barganhar votos em um possível segundo turno, ou ainda tão somente com o intuito de agregar tempo de propaganda e fortalecer as chapas de outros candidatos”, destaca.

De acordo com Cunha, o que ocorre em Belo Horizonte é o efeito de uma “fragmentação partidária, com muitos partidos, muitos candidatos e pouca aproximação”.

Propaganda

Nessas eleições, as propagandas eleitorais gratuitas começarão a partir do dia 26 de agosto, com quatro blocos diários de dez minutos cada, nas emissoras de televisão (dois blocos no horário do almoço e dois blocos à noite) e rádio (dois no início da manhã e dois no horário do almoço).

Já as inserções serão veiculadas em tempos de 30 e 60 segundos, de segunda a domingo, em um total de 70 minutos diários, distribuídos ao longo das programações — sendo que 60% desse tempo será reservado aos candidatos a prefeito e 40% aos candidatos a vereador.

Com o objetivo de informar o eleitor sobre o tempo de propaganda que cada pré-candidato à prefeitura de Belo Horizonte terá direito no horário eleitoral, independentemente das coligações, o Bhaz calculou a quantidade de tempo que cada um deles disporá. Veja:

Guilherme Scarpellini

Guilherme Scarpellini é redator de política e cidades no Portal BHAZ.

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