‘O Congresso decidiu, está decidido’, afirma Mourão ao dizer que voto impresso é assunto encerrado

Hamilton Mourão
PEC foi rejeitada ontem na Câmara dos Deputados (Adnilton Farias/VPR)

O vice-presidente Hamilton Mourão comentou, nesta quarta-feira (11), a respeito da derrota da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) do voto impresso na Câmara dos Deputados ontem. Para o general da reserva, agora que a a proposta foi recusada pelo plenário, o assunto “está encerrado”.

“Nós não conseguimos o número de votos necessário, a minha avaliação é de que era difícil, conseguimos 308 votos. Mas por mim [o assunto] está encerrado, o Congresso decidiu, está decidido”, declarou o vice-presidente em conversa com jornalistas no Palácio do Planalto.

A PEC foi votada ontem na Câmara. Foram 229 a favor do texto, 218 contra e uma abstenção. Eram necessários ao menos 308 votos dos 513 deputados -60%- para que a proposta de impressão do voto dado pelo eleitor na urna eletrônica fosse adiante. Ou seja, faltaram 79 votos para que a PEC fosse aprovada. Diante do resultado, ela foi arquivada.

A abstenção registrada foi do deputado Aécio Neves (PSDB), que, em 2014, pediu auditoria no resultado das eleições após perder por estreita margem para a ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

Mourão ironiza veículos militares

O vice-presidente também falou sobre o desfile de veículos blindados, armamentos e outros equipamentos da Força de Fuzileiros da Esquadra, na manhã de ontem. A parada militar passou ao lado da praça dos Três Poderes, onde estão o Palácio do Planalto (sede do Executivo), o Congresso Nacional (Legislativo) e o Supremo Tribunal Federal (Judiciário).

Mourão disse não acreditar que o desfile militar da terça-feira (10) tenha sido organizado para intimidar o Congresso. De acordo com o vice, “seria extremamente ridículo” caso a parada militar tivesse sido realizada com esse objetivo.
Ao se referir aos veículos utilizados pela Marinha, ele sugeriu, em tom irônico, que a parada pode ter sido planejada pela Força “no intuito de receber maiores recursos para dar uma melhorada” no material.

“A Marinha quis fazer uma homenagem para o presidente, vejo dessa forma. Acho que estava marcado antes isso aí. Se fosse para ser colocado como uma forma de pressão no Congresso, seria extremamente ridículo. Então não vejo dessa forma”, disse Mourão ao chegar a seu gabinete.

Questionado sobre as críticas de diversos políticos de que a exibição de blindados teria sido feita para intimidar o Parlamento, que no mesmo dia rejeitou a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) do voto impresso, Mourão respondeu com ironia. “Eu não levo para esse lado não. Acho que a Marinha quis fazer uma homenagem ali ao presidente. Apresentou ali o material que ela tem, talvez até no intuito de receber maiores recursos para dar uma melhorada”, afirmou.

Com Folhapress

Edição: Roberth Costa
Sofia Leão[email protected]

Repórter do BHAZ desde 2019 e graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Participou de reportagens premiadas pelo Prêmio Cláudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados, pela CDL/BH e pelo Prêmio Sebrae de Jornalismo em 2021.

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