O general Walter Braga Netto, cotado para candidato a vice-presidente na chapa com Jair Bolsonaro (PL), foi exonerado nesta sexta-feira (1°) do cargo de assessor especial da presidência da República. A informação foi publicada inicialmente pela coluna de Lauro Jardim, no jornal O Globo.
Quem assume no lugar dele é José Vicente Santini, que foi demitido por usar um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para ir à Suíça e à Índia em 2020. À época, ele era secretário-executivo da Casa Civil, na gestão de Onyx Lorenzoni (relembre abaixo).
Ele estava trabalhando como secretário Nacional de Justiça, do Ministério da Justiça.
Braga Netto foi exonerado porque a legislação eleitoral prevê que ele não poderia estar em cargo público para concorrer às eleições. A saída e a entrada de Santini no cargo foram publicadas na edição de hoje do Diário Oficial da União (DOU).
Tercio Arnaud, assessor especial da Presidência, e Mosart Aragão, assessor do gabinete pessoal de Bolsonaro, também foram exonerados hoje, conforme o DOU.
Voo em avião da FAB
Em janeiro de 2020, José Vicente Santini usou um avião da FAB para ir a uma reunião do Fórum Econômico Mundial, na Suíça, e depois seguiu viagem para a Índia. À época, ele foi demitido quando o caso ganhou repercussão na imprensa.
Um dia depois de ser exonerado, ele foi nomeado para outro cargo na mesma pasta. Mas, com a exposição do caso, Bolsonaro decidiu tornar sem efeito a portaria referente à readmissão do ex-secretário executivo da Casa Civil.
O presidente chegou a atualizar o decreto nº 10.267, agora que prevê que “a comitiva que acompanha a autoridade na aeronave do Comando da Aeronáutica terá estrita ligação com a agenda a ser cumprida, exceto nos casos de emergência médica ou de segurança”.