Dilma vai se candidatar ao Senado por Minas Gerais; estratégia tem apoio de Lula

A ex-presidente Dilma Rousseff (PT-RS), que deixou a presidência depois de sofrer um impeachment em agosto de 2016, retorna ao cenário político como candidata ao Senado e causa turbulência no meio político de Minas. Conforme assessores da petista, ela tem o prazo até hoje para mudar seu domicílio eleitoral para o estado e desta forma registrar a candidatura.

A estratégia política foi costurada por Dilma com apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com quem ela passou a noite no Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo (SP), depois que o juiz Sérgio Moro expediu mandado de prisão contra o petista.  Dilma Rousseff, apesar de ter sofrido um processo de impeachment, teve seus direitos políticos mantidos.

Para se candidatar à vaga ao Senado por Minas, Dilma Rousseff vai transferir seu título de eleitor para a capital, sendo que o prazo para isso termina às 17h desta sexta-feira (6). Dilma deve procurar a Justiça Eleitoral e pode solicitar a transferência em seis locais: na sede do TRE na Cidade Jardim, nas centrais de Lourdes ou Venda Nova, e nos postos na Câmara Municipal, BH Resolve e Uai Praça Sete.

Nomes de peso da política mineira também estão de olho na vaga para o senado como o também petista Fernando Pimentel, caso decida não concorrer à reeleição para o governo de Minas. Além de Pimental, a vaga é cobiçada também por Aécio Neves (PSDB-MG), para manter assento no Senado, caso não saia para o governo. No pário, estão ainda iniciantes na política como o jornalista Carlos Viana (PRB).

Durante o ato em apoio a Lula, Dilma aproveitou para falar de seu afastamento da presidência:  “Eles sabem que tem pessoas de bem nesse pais. Eles estão com medo de uma decisão favorável. Me tiraram da presidência com 54 milhões de votos e sem ter cometido nenhum crime. Colocaram uma quadrilha que está impune e está no poder. Pessoas que passeavam com malas de dinheiro”.

Em relação a seu padrinho político, Dilma afirmou: “Lula é inocente. Está sendo vítima de uma das mais graves ações contra uma pessoa, que é a perseguição política. A nossa constituição é clara: só pode ser presa uma pessoa depois de se esgotar todos os recursos. O presidente tinha direito de recorrer. Eles se apressaram. Por quê?.”

Maria Clara Prates

Formada em Comunicação Social com ênfase em Jornalismo na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC/MG). Trabalhou no Estado de Minas por mais de 25 anos, se destacando como repórter especial. Acumula prêmios no currículo, tais como: Prêmio Esso de 1998; Prêmio Onip de Jornalismo (2001); Prêmio Fiat Allis (2002) e Prêmio Esso regional de 2009.

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