A equipe do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prepara uma medida provisória para prorrogar a isenção de impostos federais sobre os combustíveis no país. A medida, aprovada pelo atual mandatário, Jair Bolsonaro (PL), venceria neste sábado (31) e, com isso, gasolina, diesel e etanol não devem ficar mais caros imediatamente.
Antes da decisão, a expectativa era de desoneração dos tributos já no início de 2023. O Cálculo do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE) estimava que o litro da gasolina deveria ficar R$ 0,69 mais caro em janeiro, o que significaria aumento superior a 14% nos postos de Minas Gerais.
A nova avaliação considera o desgaste que os impostos causariam já no início do terceiro governo Lula. Segundo o Estadão, o prazo da prorrogação ainda está sendo definido. Apesar disso, o início de 2023 será marcado pelo cenário de alta dos preços devido à recomposição do ICMS.
Resistência de Haddad
Aproximando-se das eleições, Bolsonaro cortou o imposto sobre combustíveis para frear a alta de preços com a Guerra na Ucrânia. Uma das medidas previstas era o corte do PIS e da Cofins sobre os combustíveis até 31 de dezembro, além de zerar a Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) da gasolina.
Nesta semana, porém, o futuro ministro da Fazenda do governo Luiz Inácio Lula da Silva, Fernando Haddad, havia sinalizado que não desejaria que o governo atual prorrogasse a medida por mais 30 dias, o que causa forte impacto nos cofres da União.
Agora, a equipe do futuro governo estuda formas de prorrogar a isenção dos impostos federais sobre gasolina, diesel e etanol.
Novo presidente da Petrobras
Nessa sexta-feira (30), o presidente eleito anunciou a indicação de Jean Paul Prates para a presidência da Petrobras. “Advogado, economista e um especialista no setor de energia, para conduzir a empresa para um grande futuro”, escreveu Lula no perfil que mantém no Twitter.
