Ex-presidente da Rede Minas denuncia que identificou ‘milhões gastos de forma indevida’ na emissora

Sarah Torres/ALMG

O presidente da Rede Minas, Israel do Vale, foi exonerado do cargo nesta quarta-feira (19) e abriu artilharia contra a Empresa Mineira de Comunicação (EMC), instituída por Fernando Pimentel (PT) em meio à reforma administrativa do governo. Em uma publicação no Facebook, o gestor faz referências a um “golpe” que estaria sendo aplicado “nos subterrâneos” da emissora pública. O executivo estadual preferiu não comentar as acusações.

Em um comentário no Facebook, Israel do Vale declara ainda que, ao assumir a Rede Minas, em janeiro de 2015, identificou diversas irregularidades. “Encontramos muita coisa grave lá: privilégios, distorções, gente que ganhava sem trabalhar, irregularidades no concurso, milhões gastos de maneira indevida pra debaixo de tapete. São essas pessoas que operaram o golpe, sob o comando do presidente da EMC, que até um tempo atrás, era contra o projeto”, afirma.

O Bhaz não conseguiu contato com Israel do Vale. Já a Rede Minas preferiu não comentar as declarações.

A demissão do ex-presidente da Rede Minas Israel do Vale foi publicada na edição desta quarta-feira (19) do Diário Oficial do Estado de Minas Gerais. Além dele, outros dois membros da diretoria da emissora pública também foram exonerados.

Reprodução/Diário Oficial Minas Gerais
Reprodução/Diário Oficial do Estado de Minas Gerais

Nova direção 

Quem passa a assumir o comando da Rede Minas é Jordana Souza Cruz Almeida, que integrava a direção da emissora pública. Para o cargo de diretora-executiva foi nomeada Luiza Moreira Arantes de Castro e para a diretoria de jornalismo foi designada Maria Amélia de Ávila da Silva Varginha. As nomeações também constam na edição do Diário Oficial desta quarta-feira.

EMC

A Lei n° 2.294, sancionada pelo governador Fernando Pimentel (PT) em setembro do ano passado, criou a Empresa Mineira de Comunicação (EMC). Segundo a Secretaria de Estado de Cultura (SEC), ainda serão mantidas as marcas Rádio Inconfidência, para os serviços de radiodifusão sonora, e Rede Minas, para os serviços de radiodifusão de imagens e sons a serem executados pela nova organização após a transferência das respectivas outorgas e autorizações.

A EMC será administrada por um Conselho de Administração, composto de cinco membros, e por uma Diretoria Executiva, composta de um presidente e de seis diretores, sendo um diretor-geral. Entretanto, conforme nota divulgada pela SEC, o Governo de Minas ainda não determinou quem será o presidente da empresa de comunicação pública.

 

 

 

Guilherme Scarpellini

Guilherme Scarpellini é redator de política e cidades no Portal BHAZ.

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