[Farsa ou Fato] Mesários em BH recebem orientação inédita para entregar pen drive?

Reprodução

Durante a disputa do segundo turno em Belo Horizonte, neste domingo (30), as redes sociais foram invadidas por uma orientação entregue, supostamente, em uma zona eleitoral da cidade. O comunicado pedia para que os mesários entregassem um pen drive para um técnico específico e não colocassem o aparelho em um envelope.

“Comunico que após o encerramento da votação, o envelope contendo a Mídia de Resultado (pen drive de cor verde) deverá ser entregue ao Técnico(a) de Apoio Jaqueline Gomes, que vai se apresentar e será o responsável em repassar a mídia para a Justiça Eleitoral. Atenção! NÃO colocar dentro do “envelope da Junta apuradora”, conforme portaria nº 01 – da 334ª ZE”, diz comunicado assinado por Maria de Lourdes Castro Ferreira Guimarães, diretora da 334ª Zona Eleitoral.

Mas esse documento é real? A Maria de Lourdes Castro existe? Essa 334ª ZE realmente pertence a Belo Horizonte? Sim para todas as perguntas. A orientação realmente ocorreu, segundo o TRE-MG (Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais).

Já a 334ª ZE é a responsável por parte da região de Venda Nova e contempla bairros como Céu Azul, Copacabana, Lagoa, Leblon, Piratininga, Santa Branca, Santa Mônica, entre outros.

Mas essa orientação pode colocar o resultado das eleições em xeque? De forma alguma, garante o mesmo TRE-MG. O uso do pen drive existe desde as eleições de 2008, quando os disquetes deixaram de ser utilizados em prol da tecnologia e a consequente agilidade.

Portanto, o uso do pen drive ocorre há seis anos.

Por que não colocar no envelope? No primeiro turno, a apuração em Belo Horizonte se atrasou justamente por uma demora na 334ª ZE. Alguma operação interna não saiu conforme o previsto e a velocidade ficou comprometida.

Portanto, a diretora da zona decidiu reforçar que o pen drive deveria ser entregue para a técnica específica para que o mesmo aparelho fosse levado à central de apuração do tribunal. Para, assim, a apuração e o resultado ocorrerem conforme o previsto, sem atraso algum.

Mas o pen drive pode ser trocado, certo?! Errado. As informações são criptografadas. Não é um pen drive que contém informações comuns. Você, por exemplo, não conseguiria abrir o conteúdo no seu computador. Muito menos trocar o pen drive para direcionar a eleição.

Além disso, a informação contida no pen drive é conferida com a armazenada dentro das próprias urnas eleitorais. E qualquer um pode conferir essas informações no local de votação, onde são afixados os resultados daquelas seções, pela internet ou mesmo pelo celular – cada seção tem um QRCode que leva diretamente à apuração final.

Concluindo: o documento é real e o procedimento é de praxe, sem dano algum ao resultado da eleição do segundo turno de Belo Horizonte. Portanto, a afirmativa que é um procedimento inédito se trata de uma FARSA.

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