Lula diz que não será presidente que pensa na reeleição caso vença disputa neste ano

Lula
Lula afirmou ainda que não será um candidato nervoso (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O ex-presidente Lula (PT) disse que, se for eleito neste ano, não será um presidente “que está pensando na sua reeleição”. A declaração do pré-candidato foi feita em entrevista à rádio Metrópole, de Salvador, na manhã desta sexta-feira (1°).

“Não vou ser um presidente que está pensando na sua reeleição, mas em governar o país quatro anos e deixá-lo tinindo para que o brasileiro recupere, definitivamente, o bem estar social, a alegria e o prazer de viver, o prazer de ser baiano, o prazer de ser brasileiro”, disse.

O petista diz que, caso eleito, terá “quatro anos da minha vida para dedicar a cuidar desse povo”, sem estimular o ódio. “Quatro anos em que eu quero dedicar cada minuto, mas cada minuto mesmo, para ver se a gente consegue fazer mais do que eu fiz em oito”, completou.

Lula afirmou ainda que não será um candidato nervoso, nem raivoso nem bravo. “E aí aqueles que são fascistas, aqueles que querem ódio, aqueles que querem vender armas, aqueles que querem provocar vão ser muito minoria e vão ficar com o rabinho entre as pernas, porque a maioria quer viver bem, a maioria quer viver na democracia”, finalizou.

PEC de benefícios

O ex-presidente também comentou sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que institui estado de emergência até o final do ano para ampliar o pagamento de benefícios sociais, aprovada nessa quinta-feira (30) pelo Senado.

A proposta, apresentada em substituição à PEC 16 (apelidada de PEC dos combustíveis), vem sendo chamada de “PEC da Reeleição” por injetar cerca de R$ 38,7 bilhões em programas sociais e compensatórios a pouco mais de três meses das eleições.

Lula afirma que o presidente Jair Bolsonaro (PL) busca “comprar o povo” por meio da concessão de benefícios em ano eleitoral.

“Ele sabe que o problema dele se chama povo brasileiro. É por isso que ontem ele mandou várias medidas para dar dinheiro: aumentar o auxílio emergencial, que era uma reivindicação da oposição, para R$ 600; aumentar o vale gás; dar auxílio para os motoristas autônomos. Tudo bem, o povo tem que pegar o dinheiro, mas isso não resolve o problema, porque tudo isso vai acabar em dezembro”, declarou.

O petista afirma que o povo brasileiro “não vai se iludir” com a medida: “ele acha que ele pode comprar o povo, ele acha que o povo é um rebanho, que o povo não pensa, que o povo vai acreditar em mentiras e não vai”.

Edição: Roberth Costa
Sofia Leão[email protected]

Repórter do BHAZ desde 2019 e graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Participou de reportagens premiadas pelo Prêmio Cláudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados, pela CDL/BH e pelo Prêmio Sebrae de Jornalismo em 2021.

SIGA O BHAZ NO INSTAGRAM!

O BHAZ está com uma conta nova no Instagram.

Vem seguir a gente e saber tudo o que rola em BH!