Empresas de Newton Cardoso e do filho são alvo de busca pela Polícia Federal

PF faz busca em empresas de Newton Cardoso por suspeita de lavagem de dinheiro

Apenas duas semanas depois de se vangloriar de nunca ter sido condenado ou preso por corrupção, durante comemoração dos 52 anos do MDB, o ex-governador de Minas, Newton Cardoso, e seu filho, que também é deputado federal pelo mesmo partido, Newton Cardoso Júnior, foram alvo de busca e apreensão em suas empresas pela Polícia Federal (PF). Foram cumpridos mandados de busca e apreensão na empresa em Belo Horizonte, e em Grão Mogol, Norte de Minas.

Os mandados foram assinados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, relator do inquérito que apura a possível prática de lavagem de dinheiro. De acordo com o processo a Florestal Vale Jequitinhonha, que é ligada à Rio Rancho Agropecuária Florestal, recebeu transferências de uma offshore e depois os valores foram sacados de forma fracionada para dissimular a orgiem dos recursos. As investigações correm em segredo de Justiça.

Por meio de nota também a Rio Rancho afirmou sobre a operação da PF: “Atuando no mercado brasileiro por mais de 30 anos, a licitude e transparência nas atividades sempre foram os princípios que nortearam e sempre nortearão nossos negócios.”

Sem papas na língua

Durante as comemorações do MDB, Newton Cardoso atirou para todos os lados. Disse que prefere votar para presidência em Jair Bolsonaro (PSC-SP), candidato de direito à presidência da República, do que em seu correligionário, o presidente Michel Temer. “O PMDB nacional está podre, podre, podre. Eu prefiro o Bolsonaro a votar no Temer. Agora, aqui em Minas, não, está bom o PMDB, e tem um nome emergente, que chama Adalclever Lopes (presidente da Assembleia Legislativa de Minas)”, declarou.

Sobrou até mesmo para o senador Aécio Neves (PSDB-MG), o qual considerou “podre”. “O Aécio está podre, o Aécio Neves está caindo aos pedaço de podre, corrupto o Aécio Neves”, disse. E recebeu o troco na mesma moeda:  “Newton Cardoso foi varrido da vida pública com duas derrotas vexatórias para o Senador Aécio Neves e teve uma trajetória que foi sinônimo de corrupção e vergonha para os mineiros”, afirmou o PSDB por meio de nota.

Newton Cardoso governou o estado de Minas Gerais de 1987 a 1991, e foi vice-governador de Minas Gerais de 1999 a 2003, no governo do Itamar Franco. Antes Disso, foi prefeito de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, de 1973 a 1977, de 1983 a 1986 e de 1997 a 1998. Também foi deputado federal no período de 1979 a 1983, e de 1995 a 1996.

Maria Clara Prates

Formada em Comunicação Social com ênfase em Jornalismo na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC/MG). Trabalhou no Estado de Minas por mais de 25 anos, se destacando como repórter especial. Acumula prêmios no currículo, tais como: Prêmio Esso de 1998; Prêmio Onip de Jornalismo (2001); Prêmio Fiat Allis (2002) e Prêmio Esso regional de 2009.

SIGA O BHAZ NO INSTAGRAM!

O BHAZ está com uma conta nova no Instagram.

Vem seguir a gente e saber tudo o que rola em BH!