O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), foi indiciado pela Polícia Federal nesta quinta-feira (15) por corrupção e por tráfico de influência envolvendo esquema ilícito com a construtora Odebrecht. A informação é do jornal Folha de São Paulo (leia na íntegra). Segundo investigações, Pimentel teria recebido propina da empreiteira e, em contrapartida, teria realizado gestões para conseguir a liberação de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento e Econômico e Social (BNDES) para obras da Odebrecht.
Em nota encaminhada ao Bhaz, a defesa de Fernando Pimentel avaliou a denúncia como um “ato de convencimento da autoridade policial” e que a Procuradoria-Geral da República (PGR) irá afirmar a “impossibilidade desse indiciamento”.
“Chega a ser risível a ‘coincidência’ que vai se repetindo a cada dia em que se designa novas datas para o prosseguimento dos julgamentos dos recursos da defesa no STJ. Sempre vem uma nova operação ou um novo indiciamento”, diz o advogado de Fernando Pimentel, Eugênio Pacelli.
Além de Fernando Pimentel, o empresário Marcelo Odebrecht também é alvo da denúncia por corrupção.
O inquérito da PF deverá ser encaminhado à PGR que vai opinar pela continuidade ou não da denúncia contra Pimentel e o empreiteiro.
Nova fase
A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira, uma nova fase da Operação Acrônimo na qual Fernando Pimentel é alvo. De acordo com a PF, a 8° fase da operação tem como objetivo recolher elementos que possam ajudar a esclarecer a atuação de uma organização criminosa especializada na obtenção de benefícios junto ao Governo Federal por meio de pagamento de vantagens indevidas a agentes públicos.
Nesta fase, foram cumpridos 20 mandados judiciais, sendo 11 conduções coercitivas e 9 mandados de busca e apreensão nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais e Distrito Federal.