Policiais civis do Rio e de São Paulo cumprem hoje (8) 33 mandados de busca e apreensão para investigar um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro na empresa de energia Furnas, subsidiária da estatal Eletrobras. A operação, chamada de Barão Gatuno, tem como base a delação premiada do ex-senador Delcídio do Amaral, durante as investigações da Operação Lava Jato.
Os mandados de busca e apreensão foram expedidos pela Justiça estadual e estão sendo cumpridos pela Delegacia Fazendária, responsável pela investigação do esquema, com o apoio de 15 delegacias e da Coordenadoria de Combate à Corrupção do Laboratório de Tecnologia e Lavagem de Dinheiro da Polícia Civil do Rio.
Também apoia a operação a Polícia Civil de São Paulo, já que alguns mandados estão sendo cumpridos no estado.
A investigação da Delegacia Fazendária do Rio mostrou indícios de corrupção em contratos firmados por Furnas, mais precisamente na compra de ações da Hidrelétrica Serra do Facão, em Goiás. Cunha seria o responsável pelo esquema.
Em 2007 e 2008, Cunha foi relator de medidas provisórias que alteraram a legislação do setor energético. Elas permitiram que Furnas, que tinha uma das diretorias ocupadas por um indicado de Cunha, comprasse ações de uma sócia da empresa em um consórcio para a construção da usina em Goiás.