Ciro Gomes volta a criticar Bolsonaro e dispara: ‘O presidente do Brasil é um bandido vulgar’

Ciro Ferreira Gomes
Ciro teceu críticas a Bolsonaro e Lula (José Cruz/Agência Brasil)

O pré-candidato à presidência do Brasil, Ciro Gomes (PDT), disse em entrevista a uma rádio portuguesa que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) é “um bandido vulgar”, “uma pessoa perversa” e “fascista”. O ex-presidente Lula também não deixou de ser alvo das críticas do pedetista. O presidenciável foi o convidado no podcast Visão Global, da rádio portuguesa Antena1 – que faz parte do Grupo RTP (Rádio e Televisão de Portugal) – desse domingo (17).

Ciro Gomes lembrou de quando foi ministro da Integração Nacional do Brasil no primeiro Governo Lula (2003-2006) e disse que não aceitou participar de um segundo mandato por discordâncias com o governo. “Sendo ministro não deixei de manifestar minha opinião diretamente para o Lula, pro governo e em público, e, a partir do segundo governo, não aceitei mais participar porque vi que eles estavam destruindo a economia brasileira”, disse o político.

Em relação aos últimos resultados das pesquisas eleitorais – que mostram Bolsonaro e Lula disparados na frente de outros possíveis candidatos – o pedetista lembrou da facada contra Bolsonaro, que mudou as intenções de voto da população a um mês das eleições presidenciais.

“No caso brasileiro, se o contexto é a política, uma facada subverte todos os elementos objetivos, de análise e de pesquisa. Nenhuma pesquisa indicava o que aconteceu no Brasil, antes de agosto de 2018”, disse.

Disputa ‘assimétrica’

Segundo ele, isso acontece porque o nível de conhecimento da população sobre as candidaturas é muito pequeno. “A centralidade da política na cabeça do povo é nenhuma, nenhuma mesmo”, afirma. “Numa campanha que os níveis de conhecimento das candidaturas, se são candidatos ou não são, se tem qual ou tal posicionamento, aqui ou acolá, hoje é nenhum”.

Ciro observou ainda o que ele chamou de uma assimetria na disputa para a presidência, já que Bolsonaro está na mídia diariamente, e Lula já comandou o Brasil “por quatro mandatos”. “Lula mandou no Brasil por quatro mandatos, 16 anos, foi preso, comoveu muita gente”, provocou o pedetista, em referência aos dois mandatos do petista e os dois mandatos da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), indicada pelo ex-sindicalista à presidência.

‘É um bandido vil’

Ciro também citou Bolsonaro e disse à rádio portuguesa que o presidente está se desmoralizando no Brasil “de uma forma muito grave e acelerada”. “Era organicamente uma persona política vendida pro povo, era uma mentira. Ele combater a corrupção sendo corrupto desde sempre, corrompeu a família inteira. É um bandido vil, duro dizer isso do meu país, mas o presidente do meu país é um bandido vulgar”, disse o presidenciável.

Ciro ainda denunciou roubos de orçamento público administrado por Bolsonaro na época em que era deputado. “Eu fui contemporâneo dele na Câmara dos Deputados e ele roubava o dinheiro da gasolina, do auxilio emergencial, roubava o dinheiro de salários fantasmas que não trabalhavam e assinavam o recibo para ele colocar o dinheiro do bolso.

O pedetista ainda falou à rádio do medo da possibilidade de uma uma nova ditadura no Brasil. “Há esse risco sem nenhuma dúvida. O atual presidente é chefe da baderna e o líder do caos social e econômico e gostará muito de acumular forças para interromper a democracia e implantar uma ditadura no Brasil. O que ele não tem conseguido é apoio para isso”.

“Bolsonaro é uma pessoa perversa, fascista, não deve ser considerada na companhia de Fernando Henrique e Lula, que são pessoa da democracia”, destacou.

Críticas a Lula

Ciro criticou a demora do STF (Supremo Tribunal Federal) em reconhecer que um juiz de Brasília deveria julgar os processos de Lula – e não Sérgio Moro, um magistrado de Curitiba. O presidenciável não deixou, porém, de criticar o ex-chefe do Executivo federal. “E o Lula, que não tem nenhum compromisso com a verdade, se anuncia vítima de um processo e agora declarado inocente”, afirmou.

“Ele não foi declarado inocente. Foi um protocolo formal em que o tribunal diz que o processo é viciado por vício de origem e manda começar tudo de novo”, complementou.

Edição: Giovanna Fávero

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