Uma das mais conhecidas iguarias da culinária francesa está prestes a ser descartada dos menus dos principais restaurantes de luxo da capital mineira. Ao menos é o que esperam os vereadores da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) que podem votar, nesta segunda-feira (5), em definitivo, um projeto de lei proibindo os restaurantes de BH de servir o foie gras — fígado de ganso ou pato que foi alimentado à exaustão de modo a atingir hipertrofia lipídica ideal para fins de consumo humano.
Segundo alega o autor do projeto, Lúcio Bocão (PTN), a iguaria é produzida por meio de “métodos com requintes de crueldade” e, por isso, chegou a ser proibida a comercialização em países como a Alemanha, Inglaterra, Argentina, dentre outros.
“O consumo do foie gras não traz nenhum benefício à saúde humana e, para sua produção, submetem gansos e patos a um sofrimento cruel, sendo apenas um simples aperitivo às classes abastadas”, diz na justificativa da proposta.
O projeto de lei 1.637/15, aprovado em primeiro turno em julho por unanimidade dos parlamentares está na pauta de votação desta segunda-feira. Se aprovado em segundo turno, a proposta segue para sanção do prefeito.
O texto em tramitação prevê ainda a proibição, em Belo Horizonte, do comércio de vestimentas produzidas com peles de animais.
Para ambas infrações, a proposta sugere aplicação de multa de R$ 5 mil, sendo que esse valor poderá dobrar em caso de reincidência.