A Quaest publicou neste domingo (13), na coluna do jornalista Lauro Jardim, do jornal O Globo, pesquisa sobre intenção de votos para a presidência da República em 2026. Lula teria 32%, Marçal, 18% e Tarcísio, 15%. Indecisos somam 18% e outros 18% pretendem votar branco ou nulo.
Segundo Felipe Nunes, diretor da Quaest, houve um “racha da direita” dentro do eleitorado que votou em Jair Bolsonaro em 2022. Enquanto Lula mantém 71% de seus eleitores, Pablo Marçal e Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, dividem os votos de Bolsonaro. Cada um teria aproximadamente 30% dos eleitores que votaram no ex-presidente.
Nunes destacou, ainda, que Lula continua com muita vantagem no Nordeste, mas que chama atenção a força de Marçal, com o dobro de intenção de votos em relação a Tarcísio. “Mesmo padrão do Sul, Centro-Oeste/Norte. Tarcísio só aparece forte no Sudeste, onde é mais conhecido. Essa divisão favorece Lula”, disse.

A Quaest também mediu as intenções dos eleitores com base no voto dado por eles no segundo turno de 2022, na disputa entre Lula e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Entre os que votaram em Lula no segundo turno em 2022, votariam em 2026 em:
- Lula – 71%
- Pablo Marçal – 6%
- Tarcísio de Freitas – 5%
- Indecisos – 11%
- Branco/Nulo/Não vai votar – 8%
Entre os que votaram em Bolsonaro no segundo turno de 2022, votariam em 2026 em:
- Lula – 4%
- Pablo Marçal – 33%
- Tarcísio de Freitas – 32%
- Indecisos – 14%
- Branco/Nulo/Não vai votar – 18%
Entre os que votaram branco, nulo ou não foi votar no segundo turno em 2022, votariam em 2026 em:
- Lula – 11%
- Pablo Marçal – 14%
- Tarcísio de Freitas – 4%
- Indecisos – 34%
- Branco/Nulo/Não vai votar – 37%
Os dados da pesquisa apontam para duas consequências das eleições deste ano pensando em 2026, segundo Nunes: a primeira é que Marçal conseguiu nacionalizar seu nome com a campanha de São Paulo e, segundo, que, dentro do eleitorado anti-petista de 2022, surgiu um novo nome para disputar os votos que foram de Bolsonaro. “Michelle, Tarcísio e Marçal têm o mesmo percentual de força para enfrentar Lula em 26 na avaliação do eleitorado de Bolsonaro. Ao mesmo tempo, isso vai exigir muito mais trabalho e estratégia de nomes como Zema, Caiado e Ratinho, se quiserem mesmo ser candidatos em 26. Diante de um resultado desse, resta saber se Marçal teria condições de disputar uma [eleição] presidencial ou se seus direitos políticos serão cassados antes de 26”, ressalta Nunes.
A Quaest ouviu 2.000 pessoas entre os dias 25 e 29 de setembro. . A margem de erro é de 2% para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%.