A Defesa Civil de Angelândia, no Vale do Jequitinhonha, acionou o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais na noite dessa terça-feira (7) para analisar uma barragem de água que, segundo os militares, apresentava “risco iminente de colapso”. Uma família, que reside nas proximidades do dique, foi temporariamente desalojada.
De acordo com os bombeiros, a barragem, voltada à contenção de águas pluviais, é conhecida como Timirím. Sua estrutura conta com talude de aproximadamente oito metros de altura e 40 de extensão. A Polícia Militar, o prefeito e Angelândia e o coordenador da Defesa Civil municipal já estavam no local quando os bombeiros chegaram.
Em análise inicial, constatou-se que as fortes chuvas que atingiram a região provocaram leve transbordamento na barragem. Além disso, verificou-se grande volume de água extravasando pelo vertedouro do talude, com intenso fluxo de sedimentos, o que comprometeu a estabilidade e segurança da contenção.
Para mitigar os riscos, o Executivo municipal providenciou a instalação de lonas no vertedouro. A estratégica reduz a erosão na estrutura da barragem. Ainda assim, o Corpo de Bombeiros contatou um engenheiro ambiental e agrícola da Diretoria de Engenharia Hidroagrícola Estadual para nova análise da situação.
No local, o engenheiro reforçou o alerta de que, devido ao possível transbordamento, o ambiente estava instável e inseguro. Diante do cenário, como medida preventiva, uma família que residia nas proximidades foi retirada pela Defesa Civil de Angelândia das acomodações. Três moradores de outra residência próxima à barragem, localizados na comunidade de Barra do Sapé, se recusaram a deixar a casa.
Segundo os bombeiros, a Diretoria de Engenharia Hidroagrícola Estadual afirmou, ainda na noite dessa terça (7), que enviaria uma equipe técnica para realizar avaliação detalhada da estrutura nesta quarta-feira (8). O coordenador da Defesa Civil de Angelândia informou que uma equipe do município acompanharia os trabalhos de vistoria. O BHAZ tentou contato com o órgão municipal para confirmar a realização da inspeção, mas não obteve sucesso. Tão logo haja retorno, a matéria será atualizada.
À Defesa Civil foi orientada a elaboração de um termo de recusa de desalojamento, em função dos moradores da casa que optaram pela permanência na área de risco.
O BHAZ tenta contato com a empresa.